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Mulheres depois dos 60 anos infartam tanto quanto os homens

Proteção que os hormônios femininos dão naturalmente para o coração é drasticamente reduzida com a menopausa. (Crédito: Reprodução)

Uma pesquisa brasileira chegou a uma conclusão preocupante sobre a saúde das mulheres – depois dos 60 anos, o infarto mata mais pessoas do sexo feminino. Até os 60 anos, os infartos são mais frequentes nos homens do que nas mulheres. A partir daí, elas infartam tanto quanto eles. Um dos motivos é que, com a menopausa, a proteção que os hormônios femininos dão naturalmente para o coração é drásticamente reduzida.

A conclusão é de um levantamento do Incor, o Instituto do Coração de São Paulo. A instituição analisou histórias de pacientes que foram internados na UTI nos últimos 17 anos. “A taxa de infarto [da mulher] no passado, 50 anos atrás, era muito menor que a do homem. Hoje em dia, a mulher é tão ativa ou mais ativa que o homem, no dia a dia. E não se preocupa com os fatores de risco. Diabetes, hipertensão, obesidade, não fazer exercício, o cigarro”, observa o cardiologista Roberto Kalil Filho.

O fato das mulheres possuírem artérias menos calibrosas e, geralmente, desenvolverem a doença coronariana em idades mais avançadas dificulta o tratamento e, além disso, os sintomas às vezes são mais insidiosos e, portanto, de difícil identificação e diagnóstico. Outro risco que aumenta a probabilidade de infarto nas mulheres: a associação da pílula anticoncepcional com o cigarro. Esse hábito representa uma das maiores causas de infarto em mulheres jovens, em idade fértil, aumentando a incidência da doença em até cinco vezes.

Entre os cuidados que garantem a saúde e o bem-estar estão evitar o cigarro e realizar avaliações médicas periódicas, desde os 30 anos pelo menos, para detecção de fatores de riscos cardiovasculares, como a pressão alta, diabetes e alterações do colesterol.

Segundo o Ministério da Saúde, entre as principais causas de mortalidade feminina estão as doenças do aparelho circulatório, como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto, que juntos aparecem em primeiro lugar no ranking, representando 34,2%.

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