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Mundo bate recorde de casos de covid em uma semana

A pandemia nos ensinou muitas coisas. (Foto: Reprodução)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta quinta-feira (6), que o mundo bateu o recorde de novos casos de covid registrados no intervalo de uma semana: 9,5 milhões.

Para o diretor-geral, o ano novo é uma oportunidade para uma resposta coletiva a uma ameaça comum.

“A pandemia não vai acabar até que a gente acabe com ela”, define.

A cobrança é, sobretudo, por vacinas. Tedros Adhanom frisou: “A ômicron pode parecer menos severa, mas não pode ser considerada leve”. Ele destacou que a “tsunami de casos” é tão grande e rápida que está superlotando hospitais e afastando profissionais da saúde, com consequências não só para infectados com covid.

Os casos de covid no mundo aumentaram 71% na virada do ano. Mas o recorde de 9,5 milhões de infecções em uma semana é subestimado. Segundo a OMS, por causa das dificuldades de contagem no feriado. A maior alta foi no continente americano: 100%.

Apesar do volume inédito de casos, o número de mortos no planeta teve 100% de queda. A líder técnica, Maria van Kerkhove, frisou: “Não desistam”. Ela garantiu que as medidas já conhecidas podem nos fazer controlar o vírus, em vez de o vírus controlar nossas vidas.

Perguntados se, com tanta gente infectada e possivelmente com anticorpos, a ômicron pode ser a última variante da pandemia, tanto a líder técnica quanto o diretor de Emergências, Mike Ryan, foram claros: o mundo não está fazendo o suficiente para evitar isso.

Menos grave

A variante ômicron do coronavírus, que é mais infecciosa, parece provocar formas menos graves da doença do que a delta, mas não deve ser classificada como “leve”, disse o chefe da OMS nesta quinta.

Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.

Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.

Falando na mesma coletiva em Genebra, o conselheiro da OMS, Bruce Aylward, disse que 36 nações nem mesmo alcançaram 10% de cobertura de vacinação. Entre os pacientes graves em todo o mundo, 80% não foram vacinados, acrescentou.

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