As musas do Miss Bumbum World estão engajadas nas questões ambientais do mundo. Como forma de protesto, elas resolveram fazer um ensaio sensual no qual lutam pelo bem da Amazônia e pelo fim da matança de índios. No dia 9 de agosto é comemorado o Dia Nacional dos Povos Indígenas.
A competição vai acontecer na Cidade do México, no dia 30 de setembro, e contará com as candidatas Sheila Mel, representante do México, Bruna Valentim (EUA), Rayane Laura (França), Léia Lee (Alemanha), Shirley Correia (Espanha) e Jéssica Jhensen (Austrália).
“Somos contra as atitudes do governo Bolsonaro. Se continuar assim, vamos acabar com a Amazônia e também com o planeta”, opinou a candidata da França Rayane Laura. Já para a representante da Alemanha, as questões estão sendo resolvidas através do sangue. “Pessoas estão morrendo, os índios estão sendo dizimados”, afirma.
As candidatas Bruna, Sheyla, Shirley e Jéssica Jensen acreditam que o atual governo precisa ser mais coerente com seu discurso e preservar as nossas florestas. “Tudo o que chama a atenção deve ser meio para levar uma mensagem de protesto. Então que as meninas protestem com os seus bumbuns”, declarou Cacau Oliver, criador da competição.
Declaração
Bolsonaro afirmou, na segunda-feira (05), que “maus brasileiros” fazem campanha com “números mentirosos” contra a Amazônia. A declaração foi dada em um evento de inauguração da primeira etapa de uma usina solar flutuante, instalada no reservatório da cidade de Sobradinho (BA).
“A Amazônia é um potencial incalculável. Por isso, alguns maus brasileiros ousam fazer campanha com números mentirosos contra a nossa Amazônia. E nós temos que vencer isso e mostrar para o mundo, primeiro, que o governo mudou e, depois, que nós temos responsabilidade para mantê-la nossa, sem abrir mão de explorá-la de forma sustentável”, disse Bolsonaro.
Nos últimos dias, Bolsonaro tem colocado em xeque dados sobre o desmatamento da Amazônia e dado declarações polêmicas sobre a preservação do bioma. No último dia 19, em café da manhã com jornalistas estrangeiros, o presidente da República afirmou que iria conversar com o agora ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, por acreditar que os dados divulgados pelo órgão não condiziam com a realidade e prejudicavam o nome do Brasil no exterior. “Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse.
Galvão também foi acusado por Bolsonaro de estar “a serviço de alguma ONG” após a divulgação de dados do instituto que mostraram um aumento de 88% no desmatamento da Amazônia em junho em relação ao mesmo mês em 2018. O presidente afirmou que os números eram “mentirosos”.