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Música que ironiza o termo “cidadão de bem” vence concurso de marchinhas em Belo Horizonte

Segundo a letra da marchinha, o "cidadão de bem" protesta contra a corrupção, mas comete diariamente ilicitudes, como estacionar em lugar proibido. Também defende a morte de criminosos, enquanto se diz a favor da vida e contra o aborto. (Foto: Reprodução)

O tradicional Concurso de Marchinhas Mestre Jonas, que ocorre anualmente no início do carnaval de Belo Horizonte (MG), fez na noite de ontem (11) a sua final. A música “O baile do cidadão de bem”  foi a vencedora. Os compositores Helbeth Trotta e Jhê Delacroix levarão um prêmio de R$ 6 mil.

Segundo a letra da marchinha, o “cidadão de bem” protesta contra a corrupção, mas comete diariamente ilicitudes, como estacionar em lugar proibido. Também defende a morte de criminosos, enquanto se diz a favor da vida e contra o aborto.

“Nós fizemos uma pesquisa sobre o tema e descobrimos várias curiosidades. Por exemplo, cidadão de bem era o nome de um jornal da Ku Klux Klan, que no início do século passado defendia nos Estados Unidos a supremacia branca e praticava atos violentos contra negros”, conta Helbeth Trotta.

Organizado desde 2012 pela produtora Cria Cultura, o concurso tem por hábito consagrar composições sarcásticas e politizadas, que fazem referência a algum episódio público do País. “Já é um evento do calendário da cidade. Fica todo mundo esperando pela marchinha vencedora”, diz o folião Guto Borges. Ele é um dos compositores de “Imagina na Copa”,  a vencedora em 2013 que aborda conflitos sociais decorrentes da realização Copa do Mundo no Brasil de 2014, tais como as desapropriações.

 

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