Só 3% dos brasileiros acham que amor e dinheiro combinam. Foi isso que revelou um levantamento inédito feito pela Serasa Experian.
Esse é o percentual de pessoas que se dizem totalmente honestas com o parceiro quando o assunto é financeiro. Mas a falta de entendimento nas contas pode levar a brigas e até mesmo ao divórcio. A mesma empresa constatou, em uma pesquisa semelhante no Reino Unido, que 56% dos divórcios têm o dinheiro como motivo.
“A baixa percentagem de honestidade entre os casais nos surpreendeu. É fundamental pelo menos conversar com o parceiro sobre dinheiro para evitar situações de endividamento que o outro poderia ajudar”, afirmou o superintendente da Serasa Consumidor, Júlio Leandro.
Casados há 40 anos, Ively, 70 anos, e Gian Taralli, 75, dizem que dinheiro nunca é assunto entre o casal e, para eles, esse é o melhor meio de evitar brigas. “Logo que a gente se casou, as coisas eram divididas, havia o meu dinheiro e o dela. Agora, eu nem vejo mais nada, é ela quem manda”, disse o advogado aposentado.
Nas vezes em que o assunto entra na conversa, gera alguns atritos. Questionada se é mais linha-dura com as contas, Ively diverte-se. “Eu não controlo não, eu gasto.”
Ponta do lápis.
Segundo o consultor financeiro Dori Bocault, os maiores aliados para manter o casal unido e com as contas em dia, além da conversa, são lápis e papel. “Colocar os ganhos e gastos na ponta do lápis é fundamental para uma família. Aquelas comprinhas por impulso que ficam escondidas minam tanto as finanças quanto o casal”, explicou.
Para evitar esse tipo de problema, o casal Érica de Almeida, 32, e Luís Macedo, 33, que juntou as escovas de dentes há cerca de dois meses, divide todos os gastos da casa.
“Estamos juntos há oito anos e sempre conversamos sobre dinheiro. Então, isso nos ajudou. Na hora de dividir as despesas, foi natural”, contou o analista de redes. (DSP)