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“Não tenho o que delatar”, afirma Eduardo Cunha, desmentindo especulações de que fará delação premiada

Cunha alegava que o ministro Barroso não se pronunciou sobre seus pedidos para esclarecer se ele estaria autorizado a comparecer pessoalmente à Casa Legislativa para a defesa do seu mandato (Foto: EBC)

Em meio a especulações de que poderá aderir a um acordo de delação premiada para evitar a prisão, o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), utilizou a sua conta no Twitter para negar a intenção de colaborar com a Operação Lava-Jato. “Não pratiquei crime e nem tenho o que delatar”, escreveu ele na rede social.

A hipótese foi levantada por fontes ligadas ao Parlamento. Após o Conselho de Ética da Casa aprovar o relatório favorável à sua cassação, e com o Ministério Público Federal fechando o cerco (por crimes ligados ao esquema de corrupção na Petrobras), Cunha e os seus advogados teriam passado a considerar a possibilidade de um acordo de delação. Eles teriam, inclusive, discutido o assunto em uma reunião que se estendeu até a madrugada de quarta-feira.

O peemedebista, porém, negou que esse tenha sido o teor do encontro. “Eu apenas recebi amigos”, frisou Cunha. “Em nenhum momento se tratou do tema descrito”.

Delação

Nos corredores da Câmara, a possibilidade de uma delação do parlamentar não é descartada. Para que isso ocorra, pode ser decisivo o fato de que as investigações se aproximaram da família de Cunha – sua mulher, Cláudia Cruz, virou ré da Lava-Jato. “Ele não vai cair sozinho”, comentou um colega.

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