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“Não vou sair do Brasil, me prendam”, diz Bolsonaro

Ex-presidente disse que, se condenado, morrerá na cadeia: "Já quase morri na última cirurgia, vou morrer, não vai demorar". (Foto: PR/Arquivo)

Réu no âmbito da investigação sobre um suposto plano de golpe de Estado no País, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, caso seja condenado, não fugirá do Brasil, apesar de ter recebido conselhos para fazê-lo. “Alguns falam que eu devia sair do Brasil. Não vou sair do Brasil, me prendam, pô! Está previsto quarenta anos de cadeia, me prendam”, disse ele em uma entrevista à rádio AuriVerde, de Bauru (SP).

De acordo com ele, não houve golpe e as acusações são equivocadas: “Qual crime? Crime impossível, da Minnie e do Pato Donald”.

O Supremo Tribunal Federal (STF), tornou o ex-presidente réu, acusado dos seguintes crimes:

* Organização criminosa armada;

* Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

* Golpe de Estado;

* Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;

* Deterioração de patrimônio tombado.

Se condenado, a pena pode chegar a 39 anos de prisão. Por isso, Bolsonaro, que tem 70 anos, argumenta que vai “morrer na cadeia”.

“Eu estou com 70 anos já, quase morri na última cirurgia, vou morrer, não vai demorar. A gente fica sendo um arco que dá para resistir. (…) Tenho quarenta anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia”.

Durante a entrevista, ele sustentou a narrativa que já vem apresentando desde que os primeiros fatos sobre a investigação começaram a aparecer.

“O sistema quer me tirar do radar político porque a gente tem conhecimento, tem humildade de conversar com as pessoas, buscar informações e falar coisas certas”, completou.

Ainda na entrevista dessa sexta-feira, Bolsonaro disse que ele e seus aliados sofrem com perseguição política. “Não sei até quando vou resistir”, declarou.

Os membros do “núcleo crucial” são réus por cinco crimes diferentes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, associação criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado. As penas máximas para esses crimes, somadas, chegam a 43 anos de prisão. (Com informações da CNN Brasil e do portal O Tempo)

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