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Nave russa é lançada com sucesso para a Estação Espacial Internacional no sábado; Primeira astronauta bielorrussa está entre tripulantes

As missões espaciais são uma das poucas áreas onde os Estados Unidos e a Rússia continuam colaborando. (Foto: Reprodução)

A espaçonave russa Soyuz MS-25 foi lançada para a Estação Espacial Internacional (ISS) nesse sábado (23) de uma base em Baikonur, no Cazaquistão, com três tripulantes: o russo Oleg Novitsky, a astronauta norte-americana da Nasa Tracy Dyson e a primeira astronauta bielorrussa Marina Vasilevskaya.

O lançamento estava originalmente previsto para a última quinta-feira (21), mas teve que ser cancelado devido a problemas em uma fonte de energia química. O chefe da agência espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov, disse na sexta-feira (22) que a ocorrência foi solucionada.

As missões espaciais são uma das poucas áreas onde os Estados Unidos e a Rússia continuam colaborando, mesmo com os desgastes causados pela guerra da Rússia na Ucrânia.

Oleg Novitsky e Marina Vasilevskaya irão retornar à Terra no dia 6 de abril com a norte-americana Loral O’Hara, que, atualmente, está na estação orbital. Já Tracy Dyson ficará na ISS por seis meses.

Sonda Europa Clipper

A Nasa pretende lançar, em outubro, a sonda espacial Europa Clipper, que durante cinco anos e meio, viajará para Europa; uma das 79 luas de Júpiter. O trabalho de investigação está previsto para durar quatro anos durante esse período.

Segundo pesquisadores da Universidade de Washington, em estudo publicado na revista Science Advances, o equipamento a bordo da nave pode detectar uma única célula viva num minúsculo grão de gelo ejetado dos oceanos da Lua – além de substâncias químicas que são componentes-chave da vida na Terra.

“Pela primeira vez, mostramos que mesmo uma pequena fração do material celular pode ser identificada por um espectrômetro de massa a bordo de uma espaçonave”, disse Fabian Klenner, autor do estudo, conforme repercute o Daily Mail.

A escolha de estudar Europa se deu pelo fato da lua de Júpiter ser abundante em água e nutrientes específicos; o que pode significar que ela sustente vida.

Para que um planeta tenha vida, os cientistas determinaram que são necessários três coisas: a existência de água líquida; a presença de moléculas de carbono; e uma entrada de energia, como a luz solar. Europa, aparentemente, tem todos eles.

Até o momento, cinco naves espaciais já visitaram o distante corpo planetário, mas apenas a sonda espacial Europa Clipper está preparada para apresentar os instrumentos mais poderosos de qualquer missão anterior, sendo desenvolvida com o objetivo de procurar vida.

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