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No Marrocos, um homem queimou sua mulher com água fervendo porque ela não deixou ele se casar com uma segunda mulher

Lei do Marrocos exige consentimento da primeira mulher para que a poligamia seja praticada, o que a esposa agredida não concedeu. (Crédito: Reprodução)

Um homem queimou sua mulher com água fervendo no Marrocos porque ela se negou a autorizá-lo a se casar com uma segunda mulher, permissão que a lei marroquina exige para que um homem possa pôr em prática a poligamia, informou o jornal Ahdaz al Magrebiya. O caso de violência aconteceu em uma aldeia da província de Sidi Slimane, a cerca de 100 quilômetros da capital do Marrocos, Rabat.

Homem já havia sido acusado de adultério, que é crime no Marrocos. 

A mulher, internada em um hospital com queimaduras severas, contou ao jornal que seu marido, com quem está casada há 30 anos, jogou água fervendo em seu rosto e a espancou. A razão foi que ela se negou várias vezes a dar a permissão para ele se casar com uma nova esposa, uma mulher com quem ele já tinha uma relação e com quem foi surpreendido em flagrante de adultério, crime passível de prisão no Marrocos. O homem esteve a ponto de ser condenado pelo ato, mas o julgamento não aconteceu porque a esposa retirou a denúncia por causa da pressão de familiares, explicou.

Poligamia. 

A polícia local tomou o depoimento da mulher no hospital. A poligamia é permitida no Marrocos, mas só em casos excepcionais: um homem precisa da permissão expressa da primeira esposa para desposar uma nova, e isto transformou a prática em algo raro – presente em somente 0,26% dos casamentos realizados no país.

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