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Nova lei na Rússia torna crime fugir da convocação para a guerra

Kremlin diz que o presidente russo está trabalhando normalmente. (Foto: Reprodução)

O presidente russo, Vladimir Putin, promulgou, nesta sexta-feira (14), uma lei para criar um sistema digital que agilizará a mobilização militar de seus concidadãos, após mais de um ano de ofensiva na Ucrânia. O texto autoriza o envio das ordens de mobilização por via eletrônica.

Até agora, muitos russos elegíveis à mobilização fugiram das convocações ausentando-se de seus endereços oficiais. Com a nova lei, todo russo mobilizado “será considerado refratário”, um novo delito punido com pena de prisão, caso “se negue a receber sua convocação ou se não for localizável”.

O documento do texto legislativo foi publicado em um portal oficial de informações do governo, reportaram as agências russas de notícias.

Até agora, estas notificações deviam ser entregues pessoalmente aos mobilizados. O documento do texto legislativo foi publicado em um portal oficial de informação do governo.

A Câmara russa aprovou o texto na terça-feira.

Putin determinou em setembro a mobilização de 300 mil reservistas para combater na Ucrânia, mas o processo foi lento e frequentemente caótico.

Além disso, dezenas de milhares e, inclusive, centenas de milhares de russos fugiram do país na ocasião, temendo ser mandados para o front.

O governo russo nega preparar nova mobilização semelhante, mas muitos temem que isto ocorra quando o exército ucraniano preparar uma contraofensiva.

Ataque russo

Pelo menos oito pessoas morreram e 21 ficaram feridas em um bombardeio russo contra um edifício residencial nesta sexta-feira (14) na cidade de Sloviansk, no leste da Ucrânia, informou o governador da província de Donetsk.

Sloviansk fica na parte da província que ainda é controlada pelo governo ucraniano, próxima da área ocupada pela Rússia.

“Vinte e uma pessoas ficaram feridas e oito morreram”, disse o governador Pavlo Kirilenko à televisão ucraniana.

Entre as vítimas está um menino de dois anos, que morreu pouco depois de ser retirado dos escombros do edifício, segundo as autoridades.

“O menino morreu na ambulância”, declarou Daria Zarivna, conselheira do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, no aplicativo Telegram.

O próprio mandatário havia denunciado anteriormente um “bombardeio brutal” de edifícios residenciais em Sloviansk. As informações são da agência de notícias AFP.

 

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