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Saúde Nova máquina dez vezes mais potente pode ajudar a mapear ação de remédios e doenças como Alzheimer e depressão

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O forte campo magnético criado pela ressonância magnética dará uma imagem mais clara de quais partes do cérebro são alvo do lítio.

Foto: Reprodução
O forte campo magnético criado pela ressonância magnética dará uma imagem mais clara de quais partes do cérebro são alvo do lítio. (Foto: Reprodução)

Uma máquina de ressonância magnética dez vezes mais potente que as disponíveis em hospitais pelo mundo teve sua primeira imagem de um cérebro humano divulgada. Com a nova tecnologia, pesquisadores europeus esperam conseguir, num futuro próximo, esclarecer os mecanismos (hoje ainda indescritíveis) por trás de doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Alzheimer – ou condições psicológicas como depressão ou esquizofrenia.

“Por exemplo, sabemos que uma área específica do cérebro, o hipocampo, está implicada na doença de Alzheimer, por isso esperamos poder descobrir como funcionam as células nesta parte do córtex cerebral”, explica a pesquisadora da Comissão de Energia Atômica da França (CEA) Anne-Isabelle Étienvre.

Os cientistas também esperam mapear como certos medicamentos usados para tratar o transtorno bipolar, como o lítio, se distribuem pelo cérebro. O forte campo magnético criado pela ressonância magnética dará uma imagem mais clara de quais partes do cérebro são alvo do lítio. Isto poderia ajudar a identificar quais pacientes responderão melhor ou pior ao medicamento.

O scanner de ressonância magnética mais poderoso do mundo atinge um novo nível de precisão que, para os especialistas, pode lançar luz sobre os mistérios das mentes — e as doenças que as assombram. Um dos principais objetivos de um scanner tão poderoso é refinar a compreensão da anatomia do cérebro e de quais áreas são ativadas quando ele realiza tarefas específicas.

Os cientistas já usaram ressonâncias magnéticas para mostrar que quando o cérebro reconhece coisas específicas – como rostos, lugares ou palavras – regiões distintas do córtex cerebral entram em ação.

Aproveitar o poder de 11,7 teslas ajudará Iseult a “compreender melhor a relação entre a estrutura do cérebro e as funções cognitivas, por exemplo, quando lemos um livro ou realizamos um cálculo mental”, disse Nicolas Boulant, diretor científico do projeto.

Mistérios da mente

Pesquisadores da Comissão de Energia Atômica da França (CEA) usaram a máquina pela primeira vez para escanear uma abóbora em 2021. Mas as autoridades de saúde recentemente deram a eles luz verde para escanear cérebros humanos.

Nos últimos meses, cerca de 20 voluntários saudáveis foram os primeiros a entrar na máquina de ressonância magnética (MRI), localizada na área do Plateau de Saclay, ao sul de Paris, sede de muitas empresas de tecnologia e universidades.

“Vimos um nível de precisão nunca alcançado antes no CEA”, disse Alexandre Vignaud, físico que trabalha no projeto.

O campo magnético criado pelo scanner é de impressionantes 11,7 teslas, uma unidade de medida que leva o nome do inventor Nikola Tesla.

Essa potência permite que o aparelho escaneie imagens com 10 vezes mais precisão do que as ressonâncias magnéticas comumente utilizadas em hospitais, cuja potência normalmente não ultrapassa três teslas.

Na tela do computador, Vignaud comparou imagens obtidas por esse poderoso scanner, apelidado de Iseult, com imagens de uma ressonância magnética normal.

“Com esta máquina podemos ver os minúsculos vasos que alimentam o córtex cerebral, ou detalhes do cerebelo que eram quase invisíveis até agora”, explica ele.

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