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Novas técnicas para o implante de cabelos incluem o uso de robôs

Apesar do apoio da tecnologia, fazer uma cirurgia ainda é caro. (Crédito: Reprodução)

Uma das últimas novidades em transplante capilar é a técnica FUE (Extração de Unidades Foliculares, na sigla em inglês). É uma nova forma de obtenção dos fios da área doadora – região em que estão os cabelos da parte de trás da cabeça, que crescem mais vastamente – conhecida como Transplante de Cabelos “sem cicatriz linear”. Com a FUE, o cirurgião retira as unidades foliculares uma a uma através da introdução de um pequeno punch de alguns milímetros na pele, sendo possível assim a extração das unidades foliculares sem dano. A desvantagem é que a FUE, além de ser mais cara, rende menos folículos e cobre uma área menor da careca, mas isso tem mudado para melhor rapidamente.

Um desses aprimoramentos se deve à utilização de um robô para a extração dos cabelos, que custa 1,85 milhão de reais. Mais preciso do que as mãos humanas, o robô permite um aproveitamento melhor dos fios extraídos – a máquina consegue preservar a integridade dos folículos (de onde saem de um a quatro fios). Após a extração, centenas de folículos são inseridos pelo médico na área a ser coberta do couro cabeludo. Segundo João Faria, da Advance Medical, que representa a fabricante americana no Brasil, as novas gerações do robô serão capazes de realizar também a implantação.

O desenvolvimento da nova técnica é recente, diz o médico José Rogério Régis, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. E fazer uma cirurgia ainda é caro. Os valores dependem da área calva e da quantidade de cabelo a ser implantada. Uma única operação pode passar dos 30 mil reais, e muitas vezes pode ser repetida ou feita com um procedimento híbrido, composto da combinação das técnicas FUE e FUT (o transplante de unidade folicular, em inglês, que é mais radical, pois prevê a remoção de uma tira de couro cabeludo) aumentando os custos.

Sem cirurgia.

Há ainda alternativas menos dramáticas, como comprimidos, loções e até tratamento à base de laser. É possível engrossar o fio, segundo Reis, mas nada de milagres. Na linha preventiva, para “salvar o que se tem”, existem medicamentos em loções, como o minoxidil, e pílulas, como a finasterida. Como eles agem de maneira diferente, podem até ser usados em conjunto.

A loção com minoxidil e drogas análogas estimula a dilatação dos vasos e traz vigor ao folículo capilar. O comprimido à base de finasterida impede a formação de di-hidrotestosterona, responsável, entre outras coisas, pela queda capilar. O problema da finasterida é que ela pode trazer prejuízos como impotência, perda da libido e redução do volume ejaculatório em uma pequena parte dos que tomam a medicação. Porém, os efeitos são reversíveis e o remédio é, em geral, seguro. (Folhapress)

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