O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, comprometeu-se a cumprir a meta de superávit primário de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016, aprovada pelo Congresso, e disse que o governo pode adotar novas medidas econômicas no ano que vem para garantir o seu cumprimento.
Orientado pela presidenta Dilma Rousseff, Barbosa destacou, em sua primeira entrevista, que o governo não abandonará seu compromisso com o ajuste fiscal e com a adoção de reformas estruturais para reduzir gastos obrigatórios da União. “A política fiscal e econômica como um todo continua na mesma direção: de buscar o equilíbrio fiscal, o controle da dívida pública e elevar o resultado primário da União”, afirmou.
O discurso de Barbosa, focado na garantia da manutenção do ajuste fiscal e da promoção de reformas, foi também uma resposta às críticas feitas pelo ex-ministro Joaquim Levy na véspera de sua saída do governo.
O ex-titular vinha colocando em dúvida o compromisso do governo com o controle das contas públicas e com a adoção de reformas. Durante sua fala, Barbosa elevou o tom de voz para tentar afastar dúvidas sobre seu comprometimento com a política fiscal do governo. Ele é visto como um economista mais alinhado ao pensamento da presidenta, defensor de um ajuste fiscal mais suave para não desacelerar ainda mais a economia, que neste ano pode se retrair em cerca de 4% do PIB. (Folhapress)