O número de pessoas infectadas com Covid-19 na Inglaterra aumentou 73% na semana encerrada em 19 de setembro, de acordo com uma estimativa oficial que sublinhou o ressurgimento da pandemia no Reino Unido.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reativou algumas restrições na tentativa de conter uma segunda onda de infecções antes do inverno.
O Reino Unido registrou dois dias consecutivos de recordes de notificações de novos casos da Covid-19 em 24 horas desde o começo da pandemia. Nesta sexta-feira (25) foram 6.874 contaminações e, na quinta-feira, 6.634, de acordo com dados do governo. Os dados refletem uma segunda onda, mas também um nível muito mais alto de exames do que o da primeira onda.
O Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) procura estimar os números de infecção na comunidade para além daqueles que foram examinados.
A estimativa do modelo, baseada em amostras da população, leva a crer que os casos novos de Covid-19 na Inglaterra dispararam para cerca de 9.600 por dia na semana encerrada em 19 de setembro, disse o ONS – mais do que os cerca de 6 mil diários da semana anterior.
O ONS disse que cerca de 103.600 pessoas do país tinham a doença durante aquela semana, o equivalente a uma de cada 500 pessoas e muito acima das 59.800 de sua estimativa da semana prévia.
“A estimativa mostra que a taxa de incidência da Inglaterra aumentou nas últimas semanas”, disse o ONS, ressaltando o noroeste, Yorkshire e Humber, Londres e o nordeste como áreas em que o índice de infecções está aumentando.
Londres foi acrescentada a uma lista nacional de alerta de Covid-19, disseram os Conselhos de Londres, que representam os 32 setores da cidade e a City.
Isto significa que mais restrições localizadas, como a proibição de interação entre vizinhos, podem vir a seguir, embora nenhuma medida adicional já tenha sido adotada.
Novas restrições
As novas restrições no Reino Unido entraram em vigor na quinta-feira (24). Além do fechamento mais cedo de bares e restaurantes, casamentos e funerais só poderão ocorrer com, no máximo, 15 e 30 pessoas, respectivamente.
Após ter chamado recentemente os trabalhadores a retornar aos escritórios para impulsionar os centros urbanos, o governo britânico teve que mudar de rumo e pediu aos trabalhadores que voltassem a trabalhar de casa.
O país aumentou as restrições locais nas últimas semanas e Johnson espera utilizar apenas como último recurso um novo confinamento nacional, que teria consequências devastadoras para uma economia já fortemente atingida. As informações são da agência de notícias Reuters e do portal de notícias G1.
