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Número de feminicídios registra queda de quase 80% em março no RS; homicídios caem 21,9%

Das dez mulheres mortas por motivo de gênero no mês passado, só uma contava com medida protetiva de urgência. (Foto: EBC)

O número de feminicídios no Rio Grande do Sul diminuiu 77% em março em relação ao mesmo mês do ano anterior, caindo de 13 para três neste ano, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (08) pela Secretaria da Segurança Pública.

Segundo a pasta, o resultado – o melhor da série histórica iniciada em 2012 – é fruto de um conjunto de ações adotadas no âmbito do programa RS Seguro e intensificadas no mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8 de março).

De janeiro a março deste ano, 18 mulheres foram vítimas de feminicídio no Estado, o que representa uma queda de 33% em relação ao mesmo período de 2020.

Entre as ameaças a mulheres, a redução foi de 15,1%, passando de 2.889 no terceiro mês de 2020 para 2.454 registros em março deste ano. Também caíram as lesões corporais (-20,3%) e os estupros (-19%). As tentativas de feminicídio tiveram elevação de 21 casos para 35 (66,7%).

As autoridades da segurança pública reforçam a importância de toda a sociedade denunciar casos de abusos e agressões contra mulheres. Em emergências, o telefone é o 190, da Brigada Militar. Também é possível ligar para o Disque-Denúncia 181 ou realizar a comunicação no Denúncia Digital 181, no site da SSP. Em todos os casos, o anonimato é garantido.

Homicídios

Outro crime contra a vida que manteve a tendência de redução no RS foi o homicídio. O número de vítimas em março caiu de 155, no ano passado, para 121, o que representa retração de 21,9%. O total é o segundo menor da série histórica, com um óbito a mais do que a marca mais baixa, registrada em 2006.

Com o resultado, o acumulado no primeiro trimestre também fechou em queda. Em todo o RS, houve 402 vítimas entre janeiro e março deste ano contra 493 no mesmo período de 2020. É a menor soma para os três meses desde 2007, quando houve 399 óbitos.

Na comparação com o pior momento já vivido no Estado, em 2017, quando foram contabilizadas 909 vítimas de assassinatos, o acumulado de 2021 representa queda de 55,8%.

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