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Número de mortos em inundações na África do Sul se aproxima de 400

Fortes chuvas na África do Sul deram uma trégua, mas devem voltar neste fim de semana. (Foto: Reprodução)

Aumentou para 395 o número de mortos no leste da África do Sul devido às inundações devastadoras que assolam a província de KwaZulu-Natal desde a última segunda-feira (11), enquanto as tarefas de emergência continuam nesta sexta-feira (15), à espera de que novas chuvas atinjam a região neste fim de semana.

O conselheiro provincial para o Governo Cooperativo e Assuntos Tradicionais, Sipho Hlomuka, disse nesta sexta que a maioria das mortes ocorreu na área metropolitana de Durban, a cidade mais populosa de KwaZulu-Natal e a terceira maior da África do Sul.

Além disso, afirmou que cerca de 40.723 habitantes tiveram que se deslocar desta área, onde a água inundou casas e deixou muitos cidadãos incomunicáveis, sem eletricidade e sem água encanada.

As chuvas deram uma trégua à região na quinta-feira, mas devem retornar a partir desta sexta, razão pela qual as equipes de emergência trabalharam contra o relógio para dar abrigo aos milhares de pessoas afetadas, buscar dezenas de desaparecidos e evitar maiores danos à infraestrutura.

O ministro das Finanças sul-africano, Enoch Godongwana, informou em declarações à emissora Newzroom Afrika que o governo tem 1 bilhão de rands sul-africanos (cerca de R$ 320 milhões) imediatamente disponíveis para responder às inundações. “Todos os anos fazemos um orçamento para emergências como esta, e esse valor está disponível, pode ser usado a partir da segunda-feira”, garantiu Godongwana.

KwaZulu-Natal tem experimentado um aumento de eventos climáticos desse tipo nos últimos anos. O mais grave dos últimos tempos ocorreu em 2019, quando chuvas torrenciais e inundações deixaram cerca de 80 mortos nesta mesma época do ano.

Essa província enfrenta ainda a desolação provocada pelos graves distúrbios que a África do Sul viveu em julho de 2021 e que se fizeram sentir com maior intensidade precisamente em KwaZulu-Natal, onde ocorreram 275 das 354 mortes que esses incidentes causaram.

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