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“Nunca sofri pressão em relação a esse processo”, diz fiscal de contrato da Covaxin à CPI da Covid

Regina Célia foi questionada sobre "pressões" para a compra da vacina indiana. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato da Covaxin, negou à CPI da Covid, em depoimento nesta terça-feira (06), que tenha sofrido qualquer tipo de pressão dentro da pasta para liberar a compra das doses da vacina indiana contra o coronavírus.

“Nunca sofri pressão em relação a esse processo. Nunca recebi nenhuma pressão em relação a esse processo”, declarou Regina Célia em resposta ao relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Ela é a fiscal que autorizou o avanço das negociações. A servidora avalizou, por exemplo, que o laboratório indiano Bharat Biotech enviasse apenas 3 milhões de doses na remessa inicial, quando o combinado era o envio de 4 milhões.

Os envios não foram concretizados e, por isso, nenhum valor foi pago pelo governo brasileiro nesse contrato. Há uma semana, após denúncias de irregularidades, o Ministério da Saúde decidiu suspender a compra da Covaxin.

Regina Célia foi questionada sobre “pressões” na contratação porque outro servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, relatou à CPI e ao Ministério Público Federal ter sofrido “pressões atípicas” para liberar a importação da vacina.

O imunizante é o mais caro negociado pelo governo até agora. As negociações para a aquisição da Covaxin são investigadas pela CPI da Covid, pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União.

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