O advogado Marcelo Nobre, responsável pela defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética da Casa, defendeu maior agilidade no processo contra o parlamentar, por quebra de decoro.
Ele explicou que o processo já se estende por 6 meses porque foi necessário garantir o direito de defesa, que agora estaria sendo exercido de forma plena. “Se o processo é longo demais, não foi por culpa da defesa, mas porque atropelaram o regimento, violando o direito de defesa”, afirmou.
Nobre estima que o processo possa ser concluído antes do recesso de julho no Congresso Nacional. O advogado disse, ainda, que a defesa reduziu de oito para quatro o número as testemunhas a serem ouvidas, a fim de contribuir para um desfecho mais rápido.
Questionamento
Na avaliação do defensor, o Conselho não tem condições de julgar Cunha porque o seu papel não é investigativo. Isso implicaria um risco de o peemedebista ser punido sem provas, a partir do depoimento de delatores.
Nobre informou que o processo disciplinar seguirá o seu “caminho natural” e que recursos poderão ser apresentados, conforme o andamento dos trabalhos. Cunha ainda não teria decidido se prestará depoimento.
