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O afastamento do governador do Rio de Janeiro vai frear a sua liderança sobre organização criminosa, diz um ministro do Superior Tribunal de Justiça

Procuradoria aponta que governador afastado seria líder de organização criminosa. (Foto: Philippe Lima/Governo do Rio de Janeiro)

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou que o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, tem o objetivo de frear a suposta liderança dele sobre a organização criminosa que promoveu desvios de recursos da saúde no estado e também os impactos da “engenharia criminosa” nos cofres públicos do Rio de Janeiro.

Na decisão, obtida pela TV Globo, o ministro negou um pedido de prisão do governador, feito pela Procuradoria-Geral da República. Gonçalves afasta Witzel do governo por 180 dias, impede que ele frequente as dependências do governo do Estado e mantenha contato com funcionários. Para o ministro, o afastamento é suficiente para tentar parar as ações criminosas.

A PGR diz que durante a investigação foram encontrados e-mails de Witzel para a primeira-dama, Helena, com minuta do contrato entre o escritório dela e o Hospital Jardim Amália.

“Na forma exposta pelo MPF, ainda, a medida de afastamento serve para obstar que continue liderando a referida organização criminosa e a dilapidar o Erário do Estado do Rio de Janeiro, extremamente combalido em razão do grande histórico de casos de desvio de recursos públicos e corrupção envolvendo os governadores anteriores”, escreveu o ministro.

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