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O ar-condicionado pode ser um inimigo dos idosos

Ano deve terminar com 4 milhões de aparelhos vendidos no Brasil para residências e pequenas empresas (Foto: Divulgação)

As doenças respiratórias, infectocontagiosas e parasitárias causam mais de 25% das mortes em pessoas com mais de 60 anos de idade no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. O ar-condicionado pode ser um dos responsáveis por disseminar essas doenças, segundo especialistas.

No interior fechado e escuro do aparelho, acumula-se o pó, a sujeira e a umidade retirada do ar. Esses elementos auxiliam o crescimento de agentes causadores de doenças como pneumonia, meningite e até legionelose. O aparelho também retira a umidade do ar, desidratando o muco protetor que reveste a parede das vias aéreas. Esse ressecamento destrói anticorpos e enzimas protetoras que nos defendem dos germes invasores.

Geralmente, esses aparelhos passam semanas ou meses sem utilização, dando tempo suficiente para se formarem e se acumularem grandes colônias desses germes invisíveis no seu interior, as quais são espalhadas no ar que respiramos assim que o equipamento é ligado.

Cuidados com o ar-condicionado

Optando-se pelo uso do equipamento, uma manutenção adequada deve ser respeitada. Semanalmente, deve ser feita a limpeza manual com álcool e desinfetantes e, mensalmente, a higienização completa realizada por profissionais qualificados.

Alternativas ao uso do ar-condicionado:

De acordo com o geriatra João Paulo M. Fischer, diretor do Serraville Residencial e Spa Geriátrico, os idosos têm a temperatura corporal mais baixa, portanto tendem a sentir mais frio no inverno e menos calor no verão. Isso é especialmente importante para quem vive no Sul do País, onde as baixas temperaturas do inverno exigem que os ambientes sejam climatizados.

Nesses casos, sugere-se, no inverno, trocar o ar-condicionado por calefatores e radiadores a óleo ou a água, pois além de seguros, não disseminam doenças. No verão, o uso de ventiladores e hidratação abundante reduz a necessidade de resfriar artificialmente os ambientes, principalmente porque, em geral, os idosos sentem menos calor.

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