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O BNDES alivia as dívidas de micro e pequenas empresas

(Foto: Miguel Ângelo/CNI)

Com o objetivo de amenizar os efeitos da crise da pandemia, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou nesta quinta-feira (29) que vai reeditar a suspensão temporária do pagamento de dívidas de micro e pequenas empresas.

Desta vez, os beneficiados serão todos os micro e pequenos empreendedores dos mais diversos setores econômicos que contrataram empréstimos por meio de instituições financeiras credenciadas.

Como nas rodadas anteriores, o período de pausa sem pagamentos será de até seis meses. A nova rodada traz também a possibilidade inédita de prorrogação do prazo total de financiamento em até 18 meses, o que não estava previsto na suspensão oferecida no ano passado.

Com a duração dos efeitos da pandemia de covid-19 sobre a economia brasileira ainda em 2021, o BNDES decidiu oferecer novamente a possibilidade de que as empresas suspendam o pagamento das parcelas de seus financiamentos, explica Bruno Laskowski, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto. “As micro e pequenas empresas poderão contar com esse alívio no caixa e, com isso, acreditamos aumentar as chances de elas superarem a crise e manterem empregos”, diz Laskowski.

Estima-se que mais de 100 mil empresas possam ter pagamentos suspensos, em valor potencial de R$ 2,9 bilhões. As operações desta modalidade de crédito, contratadas em Taxa de Longo Prazo (TLP), poderão ter o prazo final prorrogado por até 18 meses.

O BNDES já disponibilizou solução similar em 2020. “A prática de suspensão de pagamentos, conhecida no mercado como standstill, contou com duas rodadas no ano passado, totalizando R$ 3,1 bilhões em pagamentos de financiamentos indiretos automáticos suspensos, beneficiando quase 29 mil empresas com 2,5 milhões de trabalhadores”, informou o banco.

A suspensão das prestações deverá ser negociada pelo empreendedor diretamente com o agente financeiro que lhe concedeu o financiamento original. Os pedidos já podem ser feitos a partir de hoje.

Segundo o BNDES, não estão incluídos nessa possibilidade os empréstimos tomados na modalidade do Peac (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito) ou quaisquer outros que contam com algum fundo garantidor ou subvenção econômica; aqueles tomados para negócios envolvendo comércio exterior ou contratados pela administração pública; e dívidas agrícolas já renegociadas. As informações são do BNDES.

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