Impulsionado pela movimentação na economia decorrente do período de Natal, o Brasil registrou em novembro a criação de 58,7 mil empregos com carteira assinada. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
O resultado é o melhor para meses de novembro desde 2010. No mesmo mês do ano passado, o número de vagas formais no país teve saldo negativo de 12,3 mil. A expectativa era de abertura de 27,5 mil postos no mês.
“O fato do mês de novembro ter representado essa recuperação significa no mínimo que o ritmo da atividade econômica está acelerado neste final de ano, sinalizando expectativas tanto de consumidores quanto de empresas mais positivas”, afirmou o diretor de Emprego e Renda do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães.
Dos oito setores pesquisados, dois apresentaram resultado no azul. A liderança foi do comércio, com abertura líquida de 88.587 postos, seguido pelo setor de serviços, com saldo positivo de 34.319 vagas.
O saldo acumulado de janeiro a novembro mostra que o país deve encerrar 2018 com resultado positivo no mercado formal de trabalho. Nos 11 primeiros meses do ano, foram criados 858,5 mil empregos com carteira assinada.
Tradicionalmente, o mês de novembro é afetado pelo impacto positivo provocado pela proximidade com o Natal, com crescimento nas contratações nos setores de comércio e serviços.
Os dados do Caged mostram que os dois setores foram os únicos a registrar saldo positivo no mês passado.
Comércio contribuiu com 88,6 mil novas vagas – 34,3 mil delas dizem respeito a novos postos para vendedores. O setor de serviços teve saldo positivo de 34,3 mil postos.
Por outro lado, o resultado ficou negativo na indústria, que perdeu 24,3 mil empregos formais no ano, na agropecuária, com menos 23,7 mil vagas, e na construção civil, menos 13,9 mil.
No recorte regional, os Estados que tiveram o melhor saldo foram São Paulo (+17,8 mil), Rio de Janeiro (+13,7 mil) e Rio Grande do Sul (+10,1). Os piores resultados ficaram com Goiás (-6,2 mil) e Mato Grosso (-3,4 mil).
Para dezembro deste ano, a expectativa é que o dado venha melhor que a perda líquida de 340.682 vagas no mesmo mês do ano passado, disse Magalhães.
Ele afirmou que não faria projeções para 2019, mas que o resultado deverá superar o registrado neste ano, impulsionado pela melhora da atividade econômica.
Conforme dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego do Brasil caiu pela sétima vez no trimestre até outubro e o número de desempregados recuou diante da criação de vagas nas eleições, em uma lenta recuperação do mercado de trabalho ainda marcada pelo desalento.
