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O Brasil é o 5º no ranking de países com mais doses aplicadas por dia. O País já vacinou mais de 18 milhões de brasileiros, quase 9% da população

Levantamento mostra que em quase todas as cidades moradores deveriam ir aos postos de novo, mas não há imunizantes. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Passados dois meses e meio após o início da campanha de imunização contra covid-19 no Brasil, o País ocupa a 5ª posição no ranking de países com o maior número de doses diárias aplicadas, segundo dados mantidos pela Bloomberg. São cerca de 711.211 injeções por dia.

O País está atrás apenas da China, líder da lista com, em média, 5.282.614 doses por dia; Estados Unidos (2.903.730 doses diárias), Índia (1.663.340) e União Europeia (1.585.772). Embora o número brasileiro represente uma melhora significativa em relação ao registrado pelo próprio País apenas alguns dias antes, o volume ainda está abaixo da meta diária de 1 milhão de doses fixada pelo novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A quantidade, inclusive, sempre foi anunciada por especialistas em imunização como um limiar acelerado porém absolutamente realizável para o programa de vacinação no País, uma vez que médias parecidas são praticadas anualmente na campanha de vacinação contra a gripe.

Por outro lado, em números proporcionais, o cenário da campanha de imunização contra a covid-19 no Brasil é bem menos confortável. Segundo dados da Bloomberg, o País é o 46º colocado no ranking de países que mais vacinaram, com 8,9% da população tendo recebido a primeira dose. A pequena Seychelles encabeça essa lista, com 66,8% da população tendo recebido ao menos uma dose do imunizante.

Até esta sexta-feira (2), 18.853.892 brasileiros foram imunizados contra a covid-19, o que corresponde a 8,9% da população. Destes, 5.272.023 já receberam a segunda dose e completaram o esquema de vacinação contra a doença, já que as vacinas utilizadas atualmente no País – CoronaVac e vacina de Oxford – exigem a aplicação de duas doses.

Previsão de vacinas

Na última quarta (31), o Ministério da Saúde reduziu a previsão para o recebimento e a distribuição de vacinas contra o coronavírus no Brasil, durante o mês de abril.

Em março, a pasta também enfrentou defasagem com os números anunciados previamente. Até o momento, o vacinômetro da Saúde aponta que 4,5 milhões de brasileiros já receberam as duas doses de um imunizante contra a covid-19.

Com a nova previsão de imunizantes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aguarda o recebimento de cerca de 25,5 milhões de doses. Anteriormente, o cronograma divulgado pela pasta, no dia 19 de março, tinha a previsão de recebimento de 47,3 milhões de doses.

“Em relação a vacinas, em abril, previsão é de 25,5 milhões de doses. Há atrasos na entrega das duas principais indústrias nacionais, Butantan e Fiocruz, há questão da vacina indiana [Covaxin], que a Anvisa suspendeu a planta”, afirmou o ministro.

Inicialmente, a previsão para abril era de: 2 milhões de doses importadas da vacina Covishield (AstraZeneca/Oxford); 21,1 milhões de doses da vacina Covishield, produzidas localmente pela Fiocruz; 15,7 milhões de doses da CoronaVac, produzidas nacionalmente pelo Instituto Butantan; 8 milhões da vacina Covaxin, importadas da farmacêutica Bharat Biotech; e 400 mil doses da vacina Sputnik V, importadas pelo Instituto Gamaleya. No entanto, os dois últimos imunizantes não obtiveram autorização de uso emergencial no Brasil.

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