As crises econômica e política no Brasil já começaram a impactar a realidade dos milionários. O Brasil teve a maior queda percentual na população de milionários em 2014, segundo estudo da consultoria Capgemini em parceria com a RBC Wealth Management.
Enquanto, em 2013, o País tinha cerca de 172 mil milionários, no ano passado, o volume ficou em 161 mil.
A queda, de 6%, foi a primeira variação negativa desde 2009, e a conclusão mais recente é oposta à trajetória que o País vinha seguindo. Em 2011, por exemplo, o Brasil havia sido o país com o maior aumento percentual de milionários.
A pesquisa lista as 25 nações com o maior número de pessoas com patrimônio de, ao menos, 1 milhão de dólares (excetuando a sua principal residência).
O primeiro lugar é dos Estados Unidos, que tiveram alta de 9%, alcançando 4,35 milhões de indivíduos de alta renda, seguidos pelo Japão. O Brasil caiu três posições no ranking e ocupa agora o 16º lugar, atrás de países como Arábia Saudita, Espanha, Coreia do Sul e Índia.
Além do Brasil, os únicos países que tiveram redução no total de milionários foram Rússia (-3%) e México (-4%).
Os resultados brasileiros contribuíram para o mau desempenho de toda a América Latina, única região que apontou declínio tanto no tamanho da população milionária (-2,1%) quanto no volume de riqueza, que ficou em 7,7 trilhões de dólares, com redução de 0,5%. No Brasil, o total da riqueza também caiu 1,4%, para 3,97 trilhões de dólares.
A principal razão para o mau desempenho brasileiro citado pelo estudo foi o choque nos preços das commodities.
“O Brasil, que abrange mais de 50% da riqueza da região, influenciou os resultados da região e do mundo. Uma queda nos preços das commodities, a lentidão das reformas pelo governo reeleito e um escândalo de corrupção na estatal de petróleo contribuíram para a queda”, diz o relatório. (Folhapress)