Brasil, Hong Kong, Estados Unidos, Rússia e China foram identificados como pontos de origem de 65% dos fluxos de investimento para as ilhas Virgens e as ilhas Caymans, dois paraísos fiscais instalados no Caribe, entre 2010 e 2014. A informação consta em um relatório da Uctad (Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento).
Conforme o estudo, ao menos 72 bilhões de dólares em investimentos entraram em off-shores de ambos os países durante o período. No ano passado, cerca de 220 bilhões de dólares tiveram como destino os bancos de nações caracterizadas pelo baixo nível de impostos, a exemplo de Luxemburgo.
Novas Regras
No último trimestre de 2015, depois da adoção de novas regras pela União Europeia para desencorajar as práticas fiscais abusivas, grandes quantias foram retiradas de Luxemburgo e dos Países Baixos.
O levantamento revelou que a continuação dos fluxos financeiros canalizados por meio de mecanismos financeiros desse tipo evidencia a necessidade de uma maior coerência entre as políticas tributárias e de investimentos em nível internacional.
Na avaliação de especialistas da Unctad, esse tipo de cuidado contribuiria para tornar esses dois sistemas complementares, de forma a evitar conflitos.
