A atualização diária do Ministério da Saúde divulgada nesta terça-feira (18) apontou o Brasil com 3.407.354 casos confirmados desde o início da pandemia do novo coronavírus. Entre segunda (17) e esta terça, foram notificadas pelas secretarias de saúde dos Estados e municípios mais 47.784 pessoas diagnosticadas com Covid-19.
O resultado marcou um crescimento de 1,4% em relação ao dia anterior, quando o painel do Ministério da Saúde trazia 3.359.570 pessoas infectadas desde o início da contagem.
Já o número de mortes totalizou 109.888, conforme o balanço do ministério. Nas últimas 24 horas, foram acrescidas às estatísticas 1.352 mortes em decorrência da Covid-19. Ainda há 3.376 mortes em investigação.
As estatísticas são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras há tendência de números maiores em função do acúmulo de registros que são enviados ao sistema do Ministério da Saúde.
A atualização do Ministério da Saúde registrou ainda 772.540 pessoas em acompanhamento e outras 2.554.179 que já se recuperaram da doença.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,2%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 52,3. A incidência dos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes é de 1621,4 .
Autorização de testes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta terça, testes de fase 3 de mais uma vacina contra a Covid-19 no Brasil: a Ad26.COV2.S, desenvolvida pela Janssen Pharmaceuticals, do grupo Johnson & Johnson. Esta é a quarta vacina a obter autorização de testes no País.
A Anvisa não informou a data de início dos testes, que depende de aprovação no Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) – órgão do Ministério da Saúde responsável pela avaliação ética de pesquisas clínicas – e da organização dos pesquisadores para recrutamento dos voluntários.
Está prevista a participação de 7 mil pessoas, com idade mínima de 18 anos, em 7 Estados: Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Ao todo, a empresa pretende testar 60 mil pessoas nesta etapa (a terceira e última), que avalia a segurança e a eficácia da vacinação. Não há informações sobre se os testes serão restritos a profissionais de saúde.
Os participantes deverão receber uma dose única da vacina ou um placebo (substância inativa), para servir de grupo controle. A determinação de quem recebe a vacina ou o placebo será feita de forma aleatória (randomizada), e nem os voluntários, nem os pesquisadores saberão quais pessoas receberam qual substância (esse tipo de estudo é chamado de “duplo-cego”).
As primeiras etapas (1 e 2) dos testes da vacina da Johnson começaram em julho, nos Estados Unidos e na Bélgica. Em um estudo com macacos publicado na revista científica “Nature”, uma das mais importantes do mundo, cientistas disseram que a vacina da empresa protegeu os animais do Sars-CoV-2 (o novo coronavírus) com apenas uma dose.
Em um comunicado, o escritório brasileiro da farmacêutica belga disse que o estudo de Fase 3 será “realizado por centros de pesquisa locais, que farão a supervisão do processo de recrutamento de voluntários e compartilharão as informações relevantes em cada país”.
Segundo a Anvisa, para se fazer um ensaio clínico no Brasil, é preciso da aprovação do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Os voluntários são recrutados pelos centros de pesquisa.