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O diretor da Polícia Federal vai se reunir com as equipes dos presidenciáveis neste sábado

Defesa do petista pede que Rogério Galloro seja convocado a prestar informações. (Foto: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil)

O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Rogério Galloro, irá a Brasília neste sábado (8) para se reunir com as equipes de campanhas dos presidenciáveis. O encontro está marcado para as 16h na sede da instituição.

A expectativa é definir um reforço na segurança dos candidatos à Presidência. A iniciativa responde a uma determinação do presidente Michel Temer que pediu ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, maior atuação da Polícia Federal depois do ataque sofrido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

De acordo com a assessoria da PF, desde o início da campanha, todos os presidenciáveis têm à disposição uma equipe de agentes integrados ao pessoal de segurança da campanha. A proposta agora é oferecer um contingente maior de policiais para o trabalho.

Temer também pediu empenho nas investigações sobre o ataque a Bolsonaro. Um envolvido – Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos – foi detido logo após o ataque e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora (MG).

Nesta sexta-feira (7), Adelio foi transferido para um centro de detenção provisória para ser ouvido por um juíz federal. A PF prendeu outro suspeito que prestou depoimento, mas já foi liberado. De acordo com a PF, as investigações continuam. Não há confirmações sobre a participação de outras pessoas, mas o trabalho dos agentes é feito sob sigilo.

Ataque
Na tarde de quinta-feira (6), o candidato Jair Bolsonaro recebeu uma facada no abdômen enquanto participava de um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG). Ele foi operado para estancar uma hemorragia em veia abdominal, teve o intestino delgado costurado e parte do intestino grosso retirada. Ele também foi submetido a uma colostomia e, em até dois meses, terá de ser operado novamente. Na manhã de sexta-feira (7), ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Ministro condena radicalização e atentado 

O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen, condenou nesta sexta-feira (7), em Brasília, o ataque sofrido pelo candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ferido por uma facada durante um ato de campanha, na tarde de quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG).

Etchegoyen acompanhou o desfile de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios.

“O mais importante nesse momento é baixar a temperatura e acalmar, mostrar para a sociedade a monstruosidade que foi feita contra nossa democracia. Chamar à razão, baixar a temperatura e chegar à conclusão inevitável de que a radicalização vai destruir nossa democracia. Ela não pode continuar”, disse.

O ministro afirmou que a Polícia Federal está investigando o caso e que a violência é inaceitável nas eleições.

“O Brasil lutou muitos anos para chegar aonde chegou, com um modelo democrático onde todos nós celebramos, festejamos, e do qual não podemos nos afastar. Não é possível que tenha sido para isso que nós construímos a democracia. Não é possível que nós tenhamos evoluído tanto para admitirmos que, numa disputa democrática, numa campanha eleitoral tão importante, num momento tão sério, nós reduzamos a facadas, tiros ofensas e agressões, essa festa. É um desrespeito ao País, é um desrespeito à nossa história, é um desrespeito à sociedade”, completou.

Bolsonaro foi transferido nesta manhã de Juiz de Fora para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com a assessoria do hospital, o candidato será submetido a uma série de exames.

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