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O dólar fechou em leve alta de 0,45% e as ações da Petrobras se valorizaram

Moeda americana subiu no Dia da Independência dos EUA. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Em pregão influenciado pelo feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, o dólar fechou em leve alta de 0,45% e as ações da Petrobras se valorizaram. A cotação da moeda americana fechou a cotação desta quarta-feira (4) valendo R$ 3,9130 na venda. Os investidores seguem atentos aos rumos da disputa comercial entre Estados Unidos e China, que terá o próximo capítulo na sexta-feira (6) com o início do prazo anunciado pelo governo norte-americano para taxação dos produtos chineses.

O BC (Banco Central) completa o terceiro dia da semana sem efetuar swaps cambiais (venda futura da moeda norte-americana) extraordinários, mesmo divulgando na última semana que pretende continuar a atuar no mercado cambial para conter eventual alta do dólar.

Bolsa de valores

O Ibovespa, índice da B3 (bolsa de valores de São Paulo), terminou o pregão em alta de 1,46%, com 74.743 pontos. O clima favorável para fechamento positivo contou com a valorização dos papéis preferenciais da Petrobras, que subiram 5,43%.

Entenda

A novela da cessão onerosa voltou a agitar o noticiário da Petrobras nesta quarta-feira (4), fazendo as ações dispararem mais de 5% e ganharem R$ 12,466 bilhões de valor de mercado com uma nova mudança nas regras do TCU (Tribunal de Contas da União), fato que deve destravar o leilão tão aguardado pelo mercado.

Segundo o jornal Estado de S. Paulo, a revisão de regra do TCU tirou obstáculo para realizar leilão de excedente da cessão onerosa ao criar uma regra de transição em relação a envio de informações para leilões que só valeria a partir de 2019.

No final de junho, o Tribunal passou a exigir do poder público o envio de um extrato com todas as informações relacionadas a qualquer licitação com antecedência mínima de 150 dias da data da publicação de um edital. Com isso, aumentariam as incertezas sobre o leilão da cessão onerosa, que dificilmente ocorreria este ano. Assim, com a revisão feita pelo TCU, os riscos políticos para o leilão diminuem consideravelmente.

Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse em Plenário durante a tarde que pretendia votar três propostas antes de iniciar a análise da medida provisória que trata do preço de frete dos caminhoneiros (MP 832/18). Dentre elas, a votação da proposta (PL 8939/17) que autoriza a Petrobras a ceder a outras empresas 70% da exploração de uma parte do pré-sal da Bacia de Campos cedido à estatal em 2010 por meio de cessão onerosa. Falta votar os destaques.

Segundo Gabriel Fonseca, analista da XP Investimentos, esta votação dos destaques é positiva para a estatal por dois motivos: porque viabiliza o pagamento do ressarcimento em barris de petróleo; e viabiliza exatamente a possível venda de até 70% da participação da Petrobras na cessão onerosa.

Sobre a mudança na regra do TCU, ele ressaltou que isso deve permitir que o leilão ocorra ainda este ano, sendo que o governo planeja usar parte desses recursos arrecadados para pagar a Petrobras em dinheiro. Para a equipe do Bradesco BBI, se esta mudança não tivesse sido feita, o leilão teria sido empurrado para o próximo ano, sob um novo governo, aumentando o risco do processo não ocorrer.

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