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O economista guru de Bolsonaro, Paulo Guedes cancela mais dois eventos após o presidenciável determinar “silêncio”

44% dos entrevistados recusaram a hipótese de votar no candidato do PSL. (Foto: Agência Brasil)

O responsável pelo plano econômico do candidato Jair Bolsonaro (PSL), o economista Paulo Guedes, cancelou mais dois eventos da agenda nesta sexta-feira (21) após o partido determinar um “silêncio” dos principais assessores do presidenciável para evitar maior desgaste na campanha.

Cancelando a participação em cima da hora, Paulo Guedes estava agendado para apresentar o plano econômico de Bolsonaro em eventos na Ancham (Câmara de Comércio Americana), às 9h30min, e na Expert XP, às 14h30min. Na véspera, o economista já havia cancelado a participação de outro evento.

No início da semana, o Guedes participou de um evento organizado pela gestora independente GPS Investimentos e fez uma declaração polêmica sobre o plano de implementar um novo imposto aos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), gerando muitas críticas por parte dos candidatos adversários, que acusaram a campanha do PSL de prejudicar os mais pobres ao propôr o cancelamento da isenção do imposto para baixas rendas. Em seguida, Bolsonaro negou cogitar a volta da CPMF e descartou a proposta de criar novos impostos, causando um ruído e falta de coordenação na campanha eleitoral.

Com isso, após o coordenador da campanha afirmar que Bolsonaro não foi consultado sobre o assunto, o PSL determinou uma “lei da mordaça” aos principais assessores do presidenciável para evitar novos desgastes da campanha.

“Paulo Guedes fala coisas complexas enquanto Bolsonaro pauta sua campanha em uma mensagem simples. Não encaixa”, diz o analista político Lucas Aragão, da consultoria Arko Advice. A estratégia da campanha de Bolsonaro, diz Aragão, seria evitar tensões. “Não é hora dele [Guedes] falar”.

Não é a primeira vez que Guedes desaparece do debate público. Ele também cancelou a presença no programa Roda Viva, da TV Cultura, que recebeu assessores econômicos dos presidenciáveis para um debate. Um dia antes, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o economista e coordenador do plano econômico de Geraldo Alckmin, Persio Arida, disse que Guedes é “um mitômano” que “nunca escreveu um artigo acadêmico de relevo, tornou-se um pregador liberal.”

Com propostas nunca realizadas em outros países, como a criação de um imposto de renda negativo, e de difícil realização, como a redução de 20% da dívida pública por meio de “privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias”, a ausência de Guedes deixa inúmeras questões não respondidas no momento de frágil recuperação econômica do País

Bolsonaro segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ter sido atacado a faca, em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Gimar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), está sempre envolvido em polêmicas provocadas por suas decisões como magistrado e também por suas declarações à imprensa, mas também tem sido vitimado por notícias falsas, as fake news, ou fofocas.

A mais recente informação falsa, que circula nas redes sociais, é a suposta afirmação de que renuncia ao cargo de ministro do STF no caso de vitória de Jair Bolsonato (PSL) nas eleições presidenciais deste ano.

“Eu nunca disse isso, que absurdo”, reagiu Gilmar Mendes. “Estou tranquilo em relação a qualquer resultado das urnas”, confirmou.

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