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O escritório da Organização das Nações Unidas para os direitos humanos condenou o ataque a Bolsonaro

Entidade pediu investigação rápida. (Foto: Divulgação/ONU)

O Escritório para América do Sul do Acnudh (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos) condenou na sexta-feira (7) o ataque contra o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro.

A representante da entidade, Birgit Gerstenberg, pediu uma investigação rápida do crime. “Confiamos nas autoridades brasileiras para uma pronta investigação e punição dos responsáveis”.

Ela destacou a importância de assegurar a integridade dos candidatos durante a campanha.

“O processo eleitoral precisa garantir o direito à participação nos assuntos públicos, incluindo o direito à vida, à integridade física e às liberdades de expressão, reunião e associação”, explicou.

Ataque

Na tarde de quinta-feira (6), o candidato recebeu uma facada no abdômen enquanto participava de um ato de campanha na cidade mineira de Juiz de Fora. Ele foi operado para estancar uma hemorragia em veia abdominal, teve o intestino delgado costurado e parte do intestino grosso retirada. Ele também foi submetido a uma colostomia e, em até dois meses, terá de ser operado novamente. Na manhã de sexta (7), ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O autor do ataque a Bolsonaro foi preso pela Polícia Militar da cidade. A Polícia Federal, responsável pela segurança do candidato, abriu inquérito para investigar o caso.

Human Rights Watch repudiou ataque

A organização internacional Human Rights Watch condenou veementemente o ataque sofrido pelo candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, ainda na tarde de quinta-feira (6). Para a ONG, a facada foi um “ataque criminoso” e apontou que o diálogo deve pautar as divergências políticas e ideológicas.

“A Human Rights Watch condena veementemente o ataque criminoso sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro. Diferenças políticas ou ideológicas devem ser resolvidas por meio de diálogo e nunca da violência”, apontou por meio de nota.

A ONG defendeu ainda investigação ampla do caso. “As autoridades brasileiras devem realizar uma investigação imediata, imparcial e completa sobre o ataque contra Bolsonaro, e garantir que o responsável ou os responsáveis respondam perante a lei”, indicou.

Brasil fora da ONU

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), declarou recentemente, que o Brasil deixará a ONU (Organização das Nações Unidas) caso seja eleito presidente da República. A afirmação foi feita em resposta à pergunta sobre como avaliava a recomendação do Conselho de Direitos Humanos da ONU de que o País permita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputar a eleição presidencial.

“Se eu for presidente eu saio da ONU. Não serve pra nada essa instituição”, afirmou Bolsonaro à imprensa, após participar de uma cerimônia de formatura de cadetes na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) em Resende, no sul fluminense. “Sim, saio fora, não serve pra nada a ONU. É um local de reunião de comunistas e gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul pelo menos”, completou o candidato.

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