Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2019
O ex-deputado federal Jean Wyllys diz que irá processar o jornalista e apresentador Edilásio Barra, que será o novo secretário do Audiovisual do governo de Jair Bolsonaro.
Em sua conta no Instagram, Barra compartilhou uma publicação na qual afirma que “Jean Wyllys e [a ex-deputada] Manuela D’Ávila são os principais mandantes no crime contra Bolsonaro” e que esse seria o motivo da renúncia do ex-deputado. O post é acompanhado de fotos de Wyllys, Manuela e de Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
“Ele espalhou deliberadamente uma fake news contra duas pessoas públicas, uma mentira abjeta que colocou nossas vidas em risco. Sob suas mãos, o audiovisual vai se transformar em uma fábrica de mentiras para destruir vidas alheias”, diz Wyllys.
“Ele terá que se retratar publicamente e pagar pelos danos à nossa imagem. Além de ser um criminoso, ele é um incompetente e um cafona”, completa. Segundo o ex-deputado, ele e Manuela irão processar Barra conjuntamente, assim como os partidos PSOL e PCdoB tomarão providências.
A Secretaria Especial de Cultura, vinculada ao Ministério da Cidadania, e Edilásio Barra não irão se pronunciar sobre o assunto. A nomeação de Barra ainda não foi efetivada.
Bolsonaro
No fim do ano passado, o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), arquivou um processo do então presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, contra o ex-deputado federal Jean Wyllys por calúnia e injúria. A queixa-crime havia sido apresentada após Wyllys ter supostamente ofendido Bolsonaro em uma entrevista concedida ao jornal O Povo.
Na entrevista, realizada em agosto de 2017, o ex-parlamentar usa termos como “fascista”, “racista”, “burro”, “ignorante” e “canalha”, sem, no entanto, mencionar o nome de Bolsonaro, que ainda não era candidato à Presidência da República.
Para o advogado Gustavo Bebianno, que representou Bolsonaro na ação e depois foi indicado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, embora Wyllys não tenha citado o nome de Bolsonaro, o ex-deputado deixou claro que se referia a ele ao mencionar seu antigo partido e por dizer que muitas pessoas o chamavam de “mito”.
Em 2016, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara, Jean Wyllys cuspiu em Bolsonaro, que era deputado federal.