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O Exército brasileiro pediu a Temer a edição de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem para a proteção da tropa em âmbito nacional

O comando do Exército solicitou nesta sexta-feira ao presidente Michel Temer a edição de um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que ampare a atuação das tropas militares em todo o território nacional para liberar rodoviais bloqueadas pela greve dos caminhoneiros. Uma fonte do Ministério da Segurança Pública confirmou ao Globo que o presidente irá assinar o decreto nacional. Segundo fontes da área militar, o País já teve 11 decretos de Garantia da Lei e da Ordem, mas seria a primeira vez que o presidente da República decretaria GLO nacional para debelar uma greve.

“Será um guarda-chuva para proteção da tropa em âmbito nacional”, disse um dos militares próximos ao Comando do Exército.

A preocupação dos militares é resguardar a ação das tropas em todos os Estados brasileiros onde caminhoneiros realizam bloqueios.

Antes da solicitação, Temer já havia decidido assinar um decreto para amparar o emprego das Forças Armadas, permitindo, por exemplo, que militares possam dirigir um caminhão e tirá-lo da estrada.

“Quero anunciar que vamos implantar o plano de segurança. Para superar os graves efeitos comunico que acionei as Forças Armadas para desbloquear as estradas. Atendemos todas as reivindicações prioritárias dos caminhoneiros que se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente, esse deveria ter sido o resultado do diálogo. Mas, infelizmente, uma minoria radical tem bloqueado as estradas”, declarou.

Na tarde desta sexta-feira, foi realizada uma nova videoconferência com todos os sete comandantes militares de área do Exército – comandos militares da Amazônia, Norte, Nordeste, Oeste, Leste, Sudeste e Sul – para tratar da crise. Outra reunião já havia sido realizada na noite de quinta-feira.

Os comandantes das três forças – Exército, Marinha e Aeronáutica – se reuniram nesta tarde, no Ministério da Defesa, para planejar o emprego das tropas.

Após a reunião, o ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, afirmou que a ação será realizada de forma “rápida, integrada e enérgica”.

“Assim que o presidente assine o decreto, as forças serão empregadas. Uma ação rápida, integrada e de uma forma enérgica. A principal atividade é preservar as infrasestruturas, preservar o movimento dessas áreas mais críticas : refinarias, entradas e saídas, portos, aeroportos. De modo que permita a circulação. E evitar o desabastecimento das áreas onde a sociedade já está se ressentindo”, disse o ministro.

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