Nesta quinta-feira, durante a sabatina do Senado que o aprovou como o próximo secretário de Defesa dos Estados Unidos – o general da reserva James Mattis declarou que o presidente russo Vladimir Putin “é uma ameaça ao país”.
Aos senadores, ele disse que o objetivo de Putin é “dividir” a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), pois a aliança é considerada fundamental para a segurança norte-americana. A política expansionista do bloco ocidental no Leste Europeu, porém, tem motivado duras críticas por parte do governo de Moscou, principalmente quando passou a cortejar a Ucrânia – Um dos motivos da anexação da Crimeia pela Rússia seria evitar que a Otan se aproximasse de suas fronteiras.
Recentemente, o Kremlin também protestou quando a Itália enviou tropas para formar uma aliança na Letônia, ex-república soviética que, segundo um estudos estratégicos norte-americanos, poderia ser conquistada pela Rússia em menos de três dias.
Na quarta-feira, em sua primeira entrevista coletiva de 2017, o presidente eleito Donald Trump (responsável pela indicação de Mattis para o Pentágono) disse que reitera a sua admiração por Putin e que espera manter uma relação positiva com o líder russo. A proximidade entre ambos tem causado bastante expectativa sobre como eles se comportarão a partir da posse do polêmico republicano na Casa Branca, no dia 20 deste mês.