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O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse que a ex-presidente Dilma “derreteu” o sistema de inteligência do governo federal

O ministro discursou durante solenidade de transmissão de cargo no Palácio do Planalto. (Foto: Reprodução de TV)

O novo chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, afirmou nesta quarta-feira (02) que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não acreditava em inteligência. Segundo o general, o sistema de inteligência do País foi derretido pela ex-presidente.

O ministro discursou durante solenidade de transmissão de cargo no Palácio do Planalto. Durante o evento, ele recebeu o cargo do ex-ministro Sérgio Etchegoyen, da gestão de Michel Temer. “Ele [sistema de inteligência] foi derretido pela senhora Rousseff, que não acreditava em inteligência”, disse Heleno.

Augusto Heleno afirmou, ainda, que terá a missão de “cuidar” do sistema de inteligência do país – a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) é vinculada ao gabinete. Segundo Heleno, o sistema de inteligência brasileiro foi recuperado na gestão de Sérgio Etchegoyen.

Coaf

O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) foi transferido do extinto Ministério da Fazenda para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A alteração está na MP (medida provisória) nº 870, divulgada na noite de terça-feira (1º), em edição extra do Diário Oficial da União. A medida provisória trouxe a organização dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios.

Além da MP, um decreto com o estatuto do Coaf foi publicado com o conselho integrando o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Coaf é responsável por ações de inteligência para prevenir a lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e o financiamento do terrorismo. O Coaf recebe, examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades competentes.

Na MP, ficou definido que o presidente do Coaf será indicado pelo ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em outros decretos publicados hoje no Diário Oficial da União, Bolsonaro exonerou o atual presidente do Coaf, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, e nomeou Roberto Leonel de Oliveira Lima para o cargo. Lima é auditor-fiscal da Receita Federal a atuava na força-tarefa da Operação Lava-Jato.

PF

O novo diretor da PF (Polícia Federal), Maurício Valeixo, deve reforçar o patrulhamento das fronteiras, o controle de imigração e a fiscalização da entrada de mercadorias.

As atribuições, da diretoria executiva da PF, receberão em breve um novo comando e reforço policial, já como uma das tônicas da nova gestão. “A questão das fronteiras será para atender a esse comando de um presidente mais ‘nacionalista’, e naturalmente o controle com a imigração e a entrada e saída de mercadorias serão reforçados”, explicou um policial.

De acordo com policiais federais e delegados, Valeixo tem um perfil menos operacional que o seu antecessor, Rogério Galloro, apesar de ter larga experiência no combate à corrupção.

Valeixo liderou a PF no Paraná como superintendente, atuando na Operação Lava-Jato. O novo diretor-geral também teve experiência com a área de inteligência policial, que deve ser mais utilizada nesta gestão.

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