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O governo dos Estados Unidos precisa liderar o combate a mudanças climáticas, diz Bill Gates

O bilionário acredita que o investimento dos Estados Unidos em pesquisas precisa ser cinco vezes maior. (Foto: Reprodução)

Um mês após a eleição de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos, o bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, publicou em seu blog um plano detalhando como os EUA podem liderar o combate a mudanças climáticas. Para Gates, o governo deve passar a investir US$ 35 bilhões por ano em pesquisas focadas em energia limpa.

“Precisamos revolucionar a economia física mundial”, disse Gates na publicação. Na visão do bilionário, a mudança exigirá financiamento e foco do governo americano: “Ninguém mais tem os recursos para conduzir a pesquisa de que precisamos”, afirmou.

Bill Gates diz que o investimento do governo em pesquisas relacionadas a energias limpas – que atualmente é de US$ 7 bilhões por ano – deve ser aumentado em cinco vezes. “Colocar a energia em pé de igualdade com os gastos da saúde seria um primeiro passo importante que criaria mais de 370 mil empregos e, ao mesmo tempo, promoveria uma agenda de energia limpa”, disse em seu blog.

Além do maior investimento em pesquisas, Gates sugere a criação de uma rede de “Institutos Nacionais de Inovação em Energia”, que reuniria diferentes entidades com foco em áreas específicas. “Não é suficiente desenvolver uma nova forma de armazenar eletricidade que funcione apenas no laboratório – para ter impacto, a solução precisa ser prática e acessível em configurações do mundo real. A melhor maneira de garantir isso é encorajar os cientistas a iniciar suas pesquisas com um uso final em mente”, afirmou o bilionário.

Na publicação, Gates também pede um programa de incentivos fiscais e padrões de energia relacionados a soluções de energia limpa.

Vacina

Diante das aprovações das vacinas contra a covid-19, o cofundador da Microsoft, Bill Gates, afirmou que “a vida deve voltar ao normal” até abril. Em uma entrevista ao programa Today, da rede de TV CNBC, Gates também afirmou estar empolgado com as vacinas e que ele irá tomar o imunizante assim que possível e que chegar sua vez na fila.

Apesar do tom otimista, Gates afirmou que os próximos quatro ou cinco meses serão complicados e que é preciso ter atenção e continuar com medidas de cuidado. “A coisa mais importante que podemos fazer agora é continuar a encontrar menos com as pessoas e usar máscara quando houver risco de exposição”, disse na entrevista.

O alerta do executivo se dá em meio a uma ascensão de casos nos Estados Unidos, que vive uma segunda onda da covid-19 conforme o inverno se aproxima no Hemisfério Norte. Segundo a Operação Warp Speed — iniciativa público-privada dos Estados Unidos para acelerar o desenvolvimento e a distribuição de medicamentos e vacinas contra a covid-19, os EUA pretendem vacinar 100 milhões de americanos nos próximos 100 dias. A ideia é imunizar 20 milhões de americanos em dezembro, 30 milhões em janeiro e 50 milhões em fevereiro.

Outros países, como Reino Unido e México, já estão fechando acordos com algumas das fabricantes de vacinas, como a Pfizer, que produz uma versão do imunizante que deve ser mantida a temperaturas baixíssimas. O Reino Unido, inclusive, foi o primeiro país a aprovar a vacina, e quer começar a ministrar doses a partir da próxima semana. No Brasil, a versão preliminar do Plano Nacional de Imunização mostra que a vacinação será realizada em quatro fases, começando pela população idosa e indígena. Contudo, o comunicado emitido pelo Ministério da Saúde não prevê qualquer data para o início da vacinação.

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