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O governo estuda nomes para substituir líder de Bolsonaro na Câmara dos Deputados

Major Vitor Hugo teve uma atuação tímida durante os ataques contra o ministro da Economia em sessão da CCJ. (Foto: Reprodução/Facebook)

Com uma chuva de críticas à sua atuação como líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-GO) corre o risco de perder o seu posto. Interlocutores do Palácio do Planalto já deram início a conversas com parlamentares que poderiam substituir o atual líder.

Escolha pessoal do presidente Jair Bolsonaro, o deputado de primeiro mandato foi recebido com desconfiança por seus pares por ser um nome desconhecido entre eles. Ao longo dos primeiros meses de trabalho do Legislativo, o major colecionou vitórias e derrotas.

Mas a sua atuação tímida durante os ataques contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na quarta-feira (03), levou o governo a acelerar a busca por uma alternativa. A ideia é que o escolhido seja alguém de outro partido que não o PSL.

O Executivo analisa nomes com bom trânsito na Câmara, mas não necessariamente veteranos na Casa. Dois nomes do PRB estão na lista: João Campos (GO) e João Roma (BA). Há resistência, porém, dos caciques da sigla para dar respaldo a essa escolha.

Para deputados ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, o líder do governo, quem quer que seja, precisa ter o respeito de outros parlamentares, mas este é um processo que demora um certo tempo para acontecer. Na avaliação dos deputados, Vitor Hugo foi afoito ao querer o cargo sem ter antes estabelecido uma relação de confiança com seus pares.

Vitor Hugo já foi informado sobre a movimentação contrária ao seu nome e, em uma tentativa de sobrevivência, ele começou a procurar líder por líder para pedir um voto de confiança. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), tem atuado a favor do colega.

PSL

O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), fez duras críticas à articulação do governo, reconheceu que faltou estratégia da base na audiência pública realizada na quarta-feira, na CCJ, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e apontou o dedo para quem, segundo ele, jogou o ministro “na cova dos leões”.

Waldir disse que ele não tem atribuição de líder do governo, embora seja a liderança do partido do presidente Jair Bolsonaro, e que não foi procurado por ninguém para ajudar a traçar uma estratégia de atuação na sessão de quarta, que acabou com brigas e bate-bocas. “Quem colocou o Guedes na cova dos leões não foi o Delegado Waldir. Quem colocou foram os partidos que podem fazer a base, o Centrão, sob o comando do Rodrigo Maia. Não fui eu que coloquei ele na cova dos leões”, declarou Waldir.

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