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O governo federal já estuda como baixar o preço da gasolina

Neste sábado, a Petrobras eleva os preços da gasolina em 1,34% nas refinarias. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Preocupado com o impacto do aumento da gasolina, o governo federal já estuda uma maneira de reduzir o preço do combustível. Nesse momento, existe muito mais uma vontade política de baixar o valor do que uma fórmula definida para garantir sua redução. Além disso, embora seja uma medida de apelo popular (ainda mais se levado em conta que este ano terá eleições), será necessário avaliar qual o custo econômico que isso poderá acarretar.

De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, uma ideia que está sendo analisada é a possibilidade de mexer na Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que faz parte da composição do preço da gasolina. Mexer nesse item não seria uma novidade, já que isso foi feito durante o governo da então presidenta Dilma Rousseff (2011-2016).

Enquanto isso não ocorre, o preço segue em uma trajetória ascendente. A Petrobras elevará os preços do diesel em 0,8% e os da gasolina em 1,34% nas refinarias a partir deste sábado, informou a estatal em comunicado no seu site, nesta sexta-feira. Com os reajustes, os preços dos combustíveis irão a novas máximas dentro da política em vigor desde julho, a R$ 2,3488 o litro de diesel e R$ 2,068 o litro de gasolina.

Este é o quinto aumento diário seguido. Na véspera, a companhia já havia elevado em 1,8% o preço da gasolina e em 0,95% o do diesel. No acumulado na semana, a alta chega a 6,98% nos preços da gasolina e de 5,98% no diesel. A decisão de repassar o aumento do valor da combustível cobrado pela Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustíveis.

A escalada nos preços acontece em meio à disparada nos preços internacionais do petróleo. Na quinta-feira, o barril de petróleo Brent superou US$ 80, pela primeira vez desde novembro de 2014.

A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente. Desde então, o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de 57,34% e o do diesel, valorização de 57,78%, segundo dados extraoficiais.

Impacto

Na semana passada, o preço médio da gasolina nos postos do país atingiu novas máximas no ano, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O preço médio do litro de gasolina para os consumidores ficou em R$ 4,257, ante R$ 4,225 na semana anterior, o que corresponde a uma alta de 0,76%. Na última pesquisa, havia recuado 0,02%.

Com o novo aumento, a gasolina acumula alta de 3,85% desde o início do ano, e avança 21,28% desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços, em julho do ano passado.

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