A partir do ingresso de ICMS registrado ao longo do dia, o governo do Rio Grande do Sul informou que pagaria integralmente, nesta sexta-feira (13), os salários de setembro para todos os servidores vinculados ao Poder Executivo. Na parte da manhã, os funcionários com rendimento líquido de até 10 mil reais já estavam com a folha quitada, o que contemplava 97% dos vínculos. Para atender o percentual de 3% do funcionalismo que ainda estava pendente (10.516 vínculos), a Secretaria da Fazenda precisou dispor de 163,1 milhões de reais em caixa.
A previsão inicial da Fazenda era concluir a quitação até a próxima terça-feira (17), mas o comportamento da receita e a movimentação positiva dos saldos no caixa único permitiram antecipar este prazo em quatro dias. O novo depósito ingressará na conta dos servidores no início da noite.
Na primeira metade da semana, houve pagamento integral para um contingente de servidores a cada dia, seguindo uma determinação do governador José Ivo Sartori no sentido de priorizar os salários menores.
A folha líquida dos 342.026 vínculos do Executivo (servidores ativos, inativos e pensionistas) fechou o mês de setembro em 1,163 bilhão de reais. A próxima meta do Tesouro do Estado agora é pagar os demais compromissos ainda vinculados à folha de setembro. São cerca de R$ 250 milhões entre empréstimos consignados e os repasses ao IPE-Saúde.
Porto Alegre
A prefeitura de Porto Alegre integralizou nesta sexta-feira (13) o pagamento da folha de setembro do funcionalismo. O Executivo municipal realizou três depósitos nos valores de R$ 1.500, de R$ 4.500 e do saldo restante da folha.
Os valores totalizam R$ 71,7 milhões e correspondem a 65% das matrículas (20.552) que ainda restavam ser pagas. Segundo a prefeitura, o anúncio dos depósitos dependia do ingresso de receitas, em especial do ISS, o que ocorreu no início da tarde de quarta-feira (11), véspera de feriado. O valor integral da folha de pagamento do mês de setembro ficou em R$ 139,2 milhões.
Os municipários estão em greve desde o dia 5 de outubro contra o parcelamento dos salários e projetos da prefeitura que retiram direitos da categoria, segundo o Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre).