O Ministério do Planejamento informou nesta quinta-feira (22) que o governo federal revisou de 4,1% para 4,3% a projeção de inflação deste ano e reduziu de 1,6% para 1,4% a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). As informações constam do relatório bimestral de receitas e despesas. As informações são do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.
Se confirmada, a inflação em 4,3% ficará dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Embora a meta seja de 4,5%, será considerada formalmente cumprida se variar entre 3% e 6%.
Responsável pela condução da política monetária, o Banco Central estima que a inflação ficará em 4,1% neste ano. Os analistas do mercado financeiro estimam 4,13%, segundo o relatório Focus.
PIB menor
De acordo com o Planejamento, a estimativa para o PIB caiu de R$ 6,879 bilhões para R$ 6,870 bilhões.
Em setembro, o Banco Central já havia revisado o crescimento do PIB para 1,4%.
Além disso, o mais recente relatório Focus informou que o mercado financeira estima que o crescimento será de 1,36%.
Meta fiscal
O relatório divulgado pelo Ministério do Planejamento informou também que a meta fiscal não mudou no último bimestre e ficou mantida em R$ 159 bilhões de déficit. A meta foi apresentada ainda no passado.
Quando o governo gasta mais do que arrecada, o resultado é de déficit. Quando acontece o contrário, ou seja, as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit.
Orçamento Geral da União
Depois de liberações de recursos nos últimos meses, a equipe econômica decidiu contingenciar (bloquear) R$ 2,36 bilhões de despesas discricionárias do Orçamento Geral da União de 2018, segundo o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
A cada dois meses, o Planejamento apresenta o relatório, que orienta a execução do Orçamento. O documento contém previsões para a economia, a receita e a despesa. Dependendo dos números, o governo corta ou libera recursos para cumprir a meta de déficit primário e o teto de gastos federais.
De acordo com o relatório, o corte de R$ 2,36 bilhões é necessário para que o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) cumpra a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões estipulada para 2018. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública.
A distribuição dos cortes conforme os ministérios e os demais órgãos federais será definida por um decreto que será editado até o dia 30. Segundo o Planejamento, a queda da previsão de receitas, em ritmo maior que a redução nas projeções de despesas, justificou o contingenciamento adicional.
