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O índice de confiança do setor de serviços registrou o maior nível desde abril de 2014

A alta do índice de confiança foi disseminada, atingindo 85% das 13 principais atividades pesquisadas. (Foto: Divulgação)

O ICS (Índice de Confiança de Serviços) subiu 5,1 pontos em novembro, ao passar de 88,3 para 93,4 pontos, o maior nível desde abril de 2014 (95,9 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,5 ponto, mantendo o sinal positivo pelo quarto mês consecutivo. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

“O avanço significativo da confiança em novembro está intimamente ligado à melhora das expectativas empresariais, que, por sua vez, parece refletir os efeitos do resultado do processo eleitoral. Essa melhora no ânimo das empresas, no entanto, não altera o fato de os indicadores de confiança permanecerem ainda na faixa abaixo dos 100 pontos, o que significa dizer que há o predomínio de respostas negativas sobre o ambiente de negócios. A confirmação da melhora na curva de confiança do setor estará, provavelmente, condicionada ao andamento do processo de transição para o novo governo”, analisou Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.

A alta do índice de confiança foi disseminada, atingindo 85% das 13 principais atividades pesquisadas, tendo esse mesmo percentual de disseminação sido observado para os dois componentes do índice-síntese. O IE (Índice de Expectativas) avançou 8,3 pontos em novembro, para 99,4 pontos, o maior nível desde de fevereiro de 2014 (99,9 pontos). A alta do IE esse mês é o maior crescimento na margem desde o início da série histórica da pesquisa, em junho de 2008. Os dois quesitos que compõem o índice contribuíram positivamente para o resultado: indicador tendência dos negócios cresceu 8,3 pontos e o indicador demanda prevista subiu 8 pontos.

O ISA-S (Índice da Situação Atual) subiu 1,8 ponto em novembro, para 87,7 pontos, o maior nível desde outubro de 2014 (88,3 pontos). A maior contribuição para a alta do ISA-S foi dada pelo indicador que mede o grau de satisfação com o volume de demanda atual, que avançou 2,4 pontos no mês, para 88,2 pontos.

O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) do setor de Serviços caiu 0,2 ponto percentual, para 82%, devolvendo grande parte do aumento do mês anterior (0,3 ponto percentual).

Intenção de corte de vagas no setor de serviços

A forte elevação das expectativas do setor que mais emprega na economia também trouxe um reflexo importante no índice que mede o ímpeto de emprego. Esse indicador cresceu 5 pontos, na passagem de outubro para novembro, sendo que o percentual de empresas que informaram planejar cortes de pessoal nos próximos três meses apresentou o menor nível desde setembro de 2014.

Como essa súbita elevação das expectativas parece estar associada à redução da incerteza que marcou o período pré-eleitoral, é preciso aguardar a evolução dos indicadores nos próximos meses, principalmente a partir do início de 2019, para confirmar a sustentabilidade dessa leitura favorável sobre o ambiente de negócios apresentada em novembro.

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