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O Instituto de Defesa do Consumidor diz que a suspensão de passaportes é ilegal, enviou carta à Polícia Federal e pediu investigação no Ministério Público Federal

Impressão do documento foi suspensa há cerca de 15 dias após a PF alegar "insuficiência do orçamento". Governo, então remanejou R$ 102,3 milhões que seriam enviados à ONU. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviou uma carta  à PF (Polícia Federal) e ao (Ministério Público Federal) em que considera ilegal a suspensão da emissão de passaportes. O órgão pede investigação do caso pelo MPF.

Na terça-feira,  a Polícia Federal anunciou a suspensão das emissões do documento por falta de orçamento. Conforme a PF, “a medida decorre da insuficiência do orçamento destinado às atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem”. 

O Idec aponta que a emissão de documentos é um serviço público essencial assegurado pela Constituição e pelo Código de Defesa do Consumidor. “A prestação deste serviço é feita mediante pagamento de taxa antecipada e a sua interrupção é injustificada, além de ser ilegal. Qualquer dano causado pela falta de emissão de passaporte deve ser indenizado pela União, como dispõe o artigo 22, parágrafo único, do CDC”, afirma Claudia Almeida, advogada do Instituto. O Idec questiona, ainda, a falta de informação prévia aos consumidores sobre a suspensão. 

Consumidor

O Idec lançou um modelo de carta aos consumidores para que exijam a emissão do documento. Para quem tem viagem marcada e não consiga receber o passaporte, o Idec indica contato com a empresa aérea solicitação da alteração do voo ou cancelamento da passagem sem cobrança. 

A suspensão da emissão de passaportes afeta cerca de 10 mil pessoas por dia, informou na quarta-feira a PF. Esse é o número médio de pedidos recebidos pelo órgão e que deixarão de ser atendidos por falta de recursos orçamentários, segundo anunciou a PF.

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