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O juiz federal Sérgio Moro autorizou que a Polícia Federal use a delação de executivos da Odebrecht e a documentação ligada aos depoimentos em investigação sobre as palestras do ex-presidente Lula

Advogados afirmam que "todas as palestras do ex-presidente foram feitas e pagas com as devidas emissões de nota". (Foto: Ricardo Stuckert)

O juiz federal Sérgio Moro autorizou na segunda-feira (30) que a PF (Polícia Federal) use a delação de executivos da Odebrecht e a documentação ligada aos depoimentos em investigação sobre as palestras do ex-presidente Lula. O petista controla a empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações – aberta em 2011, após ele deixar o governo.

A Operação Lava-Jato suspeita que os pagamentos de palestras do petista, no Brasil e em países das américas Latina e Central e África, pode ter ocultado propinas. Os investigadores apuram o recebimento direto de R$ 9 milhões de seis empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobrás, e outros pagamentos indiretos e de outras empresas.

Criada para que o ex-presidente pudesse dar palestras, a LILS movimentou entre 2011 e 2015 um total de R$ 52,3 milhões. Foram R$ 27 milhões recebidos, a maior parte de empreiteiras e grandes empresas, e R$ 25,2 milhões em débitos.

A PF havia solicitado autorização “para utilização de todo o material amealhado nos autos para instrução do inquérito policial instaurado para investigar pagamentos indevidos e lavagem de dinheiro relacionados à LILS Palestras e ao ex-Presidente da República, e eventuais desmembramentos”. O Ministério Público Federal foi favorável à solicitação.

A investigação pode gerar mais uma denúncia do Ministério Público Federal, no Paraná, contra o ex-presidente.

 

 

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