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O juiz Sérgio Moro diz que Lula quer transformar interrogatório em ato político

O magistrado recusou pedido da defesa sobre a posição da câmera. (Foto: Agência Brasil)

O juiz federal Sergio Moro rejeitou nessa segunda-feira o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer uma gravação autônoma e para mudar o ângulo do vídeo do interrogatório do petista, que acontecerá nesta quarta-feira.

No despacho, o magistrado escreveu que Lula “quer transformar o depoimento em um evento político-partidário, cujo propósito é estranho e proibido à ação penal”, em referência à investigação em que Lula é réu por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

A defesa alega que o foco da câmera exclusivo no acusado – que é padrão nas oitivas de réus e testemunhas da Operação Lava Jato – geraria uma “imagem negativa e inferiorizada” do ex-presidente, violando assim, no seu entendimento, a presunção de inocência.

Por isso, os advogados pediam que a câmera registrasse o que se passava em todo o recinto da audiência e não apenas o depoimento. Em petição na última sexta-feira, eles chegaram a sugerir que as imagens fossem feitas com um equipamento profissional pelo fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert.

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