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O juiz federal Sérgio Moro poderia determinar a prisão domiciliar de José Dirceu, mas preferiu ordenar o uso da tornozeleira eletrônica

Para o magistrado (E), os delitos do petista são muito graves. (Foto: Reprodução)

O juiz federal Sérgio Moro poderia ter determinado a prisão domiciliar do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ao fixar medidas cautelares como condição para ele deixar a prisão. Preferiu não decretá-la, no entanto, porque a reclusão em domicílio pode se configurar como cumprimento de pena, o que, na prática, reduziria o tempo em que ele ficaria atrás das grades após uma condenação efetiva na Justiça de segundo grau. Na primeira instância, Dirceu já foi condenado duas vezes na Operação Lava-Jato a 32 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No entendimento de Moro, os delitos cometidos pelo petista são muito graves para que ele cumpra parte da pena em casa, principalmente porque ele teria reincidido nos mesmos crimes pelos quais foi condenado no mensalão, chegando até a receber dinheiro sujo enquanto era julgado no STF (Supremo Tribunal Federal).

No lugar da prisão domiciliar, o magistrado determinou o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento do passaporte, o impedimento de se comunicar com investigados da Lava-Jato e a proibição de sair da cidade onde declara residência — no caso, Brasília. No primeiro despacho, Moro havia dito que o município seria Vinhedo (SP), mas depois corrigiu a informação para a capital federal.

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