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O livre-comércio de veículos e autopeças entre Brasil e Argentina ficou para o futuro

Parte da indústria tinha esperança de que um presidente mais liberal visse a abertura com bons olhos. (Foto: Diego Padugrschi/Folhapress)

O livre-comércio de veículos e autopeças entre Brasil e Argentina ficou para o futuro, em um prazo estimado pelo ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, de até cinco anos. Assim como ocorreu na gestão da presidente Cristina Kirchner, o novo governo, de Mauricio Macri, resiste à liberação das fronteiras. Parte da indústria brasileira tinha esperança de que um presidente mais liberal visse a abertura com bons olhos.

No entanto, devido à perda de competitividade que a forte desvalorização do real provocou no comércio bilateral, a Argentina procura encontrar formas de compensar a desvantagem em relação ao Brasil. Em um mercado livre, a vantagem brasileira provocaria no país vizinho uma inundação de veículos e componentes fabricados made in Brazil.

O ministro de Produção da Argentina, Francisco Cabrera, disse, logo após reunir-se com Armando Monteiro, em Buenos Aires, que o livre-comércio é uma meta a ser atingida a “longo prazo”. “Existem algumas condições a cumprir”, observou. As fábricas de veículos instaladas na Argentina obtiveram avanços tecnológicos que já começam a transformar o país em uma plataforma de produção de veículos de maior valor agregado, principalmente picapes. Isso permite um intercâmbio saudável com o Brasil, que concentra a produção dos modelos populares. O mesmo não ocorre, no entanto, no segmento de autopeças. (Valor Econômico)

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