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O manifesto liberal brasileiro

Flávio Rocha, presidente da Riachuelo é um dos empresários que manifestou apoio a reforma da Previdência. (Foto: Reprodução)

Nesta semana, ocorreu em Nova York um grande evento de varejo internacional que reuniu também diversos empresários brasileiros. Esses empresários têm em comum não apenas cargos de liderança em grandes organizações, mas também as mesmas preocupações com relação ao futuro do nosso país e um mesmo entendimento de a quais princípios e valores precisamos aderir para mudar o rumo da nação.

Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, encabeçou então o lançamento de um manifesto liberal, batizado de “Brasil – 200 anos”, referência aos duzentos anos da proclamação da República, que ocorrerá em conjunto com o ano de encerramento do próximo mandato presidencial, em 2022. No manifesto, Flávio afirma que “o livre mercado não é apenas a melhor solução para pobreza, é a única”. Ele ressalta que o Brasil está pagando agora por sua opção de, décadas atrás, ter escolhido odiar os empreendedores, empresários e demais geradores de riqueza. Flávio, então, conclui que agora chegou a hora de uma nova independência, a independência do indivíduo das garras governamentais. Por fim, convoca a todos para participarem do projeto com propostas e sugestões que viabilizem a construção de uma pauta que será apresentada, acompanhada e cuja implementação será cobrada dos nossos políticos.

O manifesto e os acontecimentos recentes no Brasil deixam clara a descrença empresarial no Estado e nos políticos, além de despertarem um apelo por mais liberdade e protagonismo do indivíduo. Isso não ocorre à toa: segundo o ranking de facilidade para fazer negócios, o Brasil está entre os 10 piores para se pagar impostos e entre os 15 piores para se começar negócio. Já no ranking de liberdade econômica, o país encontra-se na 140ª posição dentre os 180 avaliados.

Será um longo caminho na construção de um país melhor e mais livre. Precisamos de diversas reformas e medidas estruturais, das mais simples às mais complexas. Mas, como disse Ludwig von Mises, “príncipes, governantes e generais nunca são espontaneamente liberais. Tornam-se liberais quando forçados pelos cidadãos”. Assim, o manifesto é um ótimo passo no início dessa jornada, e a adesão e o suporte popular a essa iniciativa são imprescindíveis.

Victoria Jardim, engenheira e associada do IEE

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