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O marqueteiro João Santana contou em sua delação premiada que Lula reclamava que a ex-presidente da Petrobras atrasava de propósito os pagamentos a empreiteiras

Presidente da estatal entre 2012 e 2015 (governo Dilma Rousseff), Graça é uma das pessoas investigadas na fase 64 da Operação Lava-Jato. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O marqueteiro João Santana contou em sua delação premiada que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamava que a ex-presidente da Petrobras Graça Foster atrasava de propósito pagamentos a empreiteiras que realizavam obras para a estatal. Atendendo a um pedido de Lula, Santana levou as críticas a então presidenta Dilma Rousseff, que defendeu Graça e disse que ela estava acabando com a “esculhambação” na empresa.

Santana afirmou que na ocasião achou que Lula estava preocupado apenas com um dano a imagem de Dilma porque havia uma ameaça das construtoras de paralisar obras da estatal. O marqueteiro disse que sabendo agora do esquema de corrupção na empresa a reclamação de Lula podia ter outros objetivos, como alertá-lo que os pagamentos que recebia da Odebrecht poderiam ser prejudicados pela gestão da companhia petrolífera. “Nunca ele deixava a entender que fechando essa torneira estava fechando a forma de pagamento. Hoje, de trás para diante, eu entendo desta maneira”, disse Santana.

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