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O mercado reduziu as estimativas para o crescimento do PIB, o Produto Interno Bruto, e da inflação no Brasil

Informação é do subscretário de Política Fiscal, Marco Cavalcanti. (Foto: Divulgação)

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para este ano e para o próximo e também baixaram fortemente a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2018. As expectativas estão no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo BC (Banco Central).

A projeção do mercado para a inflação neste ano recuou de 3,49% para 3,45%. O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta que o BC precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pela autoridade monetária se o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficar entre 3% e 6%.

A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o BC eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia brasileira). Para 2019, o mercado financeiro baixou a sua expectativa de inflação de 4,03% para 4%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

PIB e taxa de juros

Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos reduziram a previsão de crescimento de 2,70% para 2,51%. Essa foi a segunda queda seguida do indicador. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para a expansão da economia continua em 3%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no País.

Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano a sua previsão para a taxa básica de juros da economia. Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para definir a Selic. Atualmente, a taxa está em 6,50% ao ano.

A previsão do mercado é de que, depois dessa queda, a taxa permaneça estável em 6,25% ao ano até o fim de 2018. Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Desse modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Câmbio

Na edição desta semana do Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,37 para R$ 3,40 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,40 por dólar. A projeção do Boletim Focus para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2018 subiu de US$ 55 bilhões para US$ 55,6 bilhões de resultado positivo.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu em US$ 46 bilhões. A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2018 permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões.

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