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O mercado reduziu a expectativa de alta do Produto Interno Bruto de 2018 do Brasil para 1,53%

Em relação ao terceiro trimestre de 2017, o crescimento foi de 1,3%. (Foto: Divulgação)

Os analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e elevaram a estimativa de inflação para 2018. De acordo com dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (09) pelo BC (Banco Central), os economistas reduziram a previsão de crescimento da economia neste ano de 1,55% para 1,53%.

No relatório divulgado na semana passada, os analistas haviam mantido estável a previsão de crescimento do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Para 2019, a expectativa do mercado para expansão da economia se manteve em 2,50%. Para 2020 e para 2021, a previsão também é que a economia cresça 2,50%.

Inflação

Pela oitava semana consecutiva, os analistas do mercado financeiro elevaram a previsão de inflação para 2018. A estimativa passou de 4,03% para 4,17%. Para 2019, os economistas mantiveram a previsão de inflação em 4,1%. Já para 2020 e 2021, a estimativa ficou em 4%.

Taxa de juros

Os analistas do mercado financeiro mantiveram em 6,50% ao ano a previsão para a Selic (taxa básica de juros da economia) no final de 2018. Com isso, o mercado estima que a taxa de juros fique estável no atual patamar de 6,50% ao ano até o fechamento de 2018.

Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Desse modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem. Já para 2020 e 2021, a previsão é de manutenção da taxa em 8% ao ano.

Câmbio, balança e investimentos

Os analistas consultados no Boletim Focus também não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2018, que ficou estável em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, a previsão para o dólar permaneceu em R$ 3,60.

Já a previsão do dólar para o fechamento de 2020 subiu de R$ 3,60 para R$ 3,63. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 3,70 por dólar.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2018, os analistas reduziram a previsão de superávit de US$ 58,28 bilhões para US$ 57,81 bilhões. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado também caiu de US$ 49,7 bilhões para US$ 49,7 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2018 ficou estável em US$ 70 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas caiu de US$ 776,60 bilhões para US$ 75,30 bilhões.

IPCA em junho

O economista André Braz, pesquisador do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV e coordenador da elaboração do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) apurado pela instituição, considera o resultado da inflação oficial do País em junho um “repique transitório”. O resultado do mês foi de 1,26%, mais do que o triplo de maio (0,4%).

A explosão do IPCA em junho refletiu a combinação dos efeitos da greve dos caminhoneiros, a pressão dos preços administrados e a desvalorização do real em relação ao dólar. Pelas pesquisas semanais que realiza para apurar o IPC-S, ele diz que há evidências de desaceleração dos preços ao consumidor.

Por esse motivo, Braz acredita que esse repique registrado em junho deve se dissipar neste mês. Para julho, Braz espera que a inflação fique abaixo de 0,3% e, no ano, pode ir 4,2%, no cenário mais pessimista. Mesmo assim, deve ficar abaixo do centro da meta de 4,5%.

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