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O método de Eduardo Cunha: depois de perder, a solução é manobrar e vencer

Cunha é acusado dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas (Foto: ABr)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem reincidido em uma prática nada usual até a sua chegada ao cargo: vencido em uma votação, ele não admite a derrota e manobra para que o tema seja submetido a um novo pleito, vitorioso.

Foi o que ocorreu na sexta-feira, quando os deputados votavam a criação das comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e dos Direitos da Pessoa Idosa. Ambos os projetos são de autoria do próprio Cunha, fruto de promessas que ele havia feito a colegas e partidos.

Governistas, com o apoio de parte da oposição, conquistaram a maioria para adiar a sessão. Insatisfeito, o peemedebista anunciou outro resultado, favorável a si. O fato motivou duras críticas no Parlamento, em meio a acusações de golpe regimental. “O assunto está encerrado”, informou Cunha, por meio do microfone do Plenário.

Dedo em riste

“É golpe, é golpe!”, protestava a deputada Moema Gramacho (PT-BA), de dedo em riste em direção ao presidente da Casa. Com a confusão, ele suspendeu a sessão por uma hora e, após reunião de líderes, convenceu alguns deles de que muitos partidos ficariam sem cargos nas comissões, caso não fossem criadas. Sessão reiniciada, os representantes das siglas mudaram o seu voto. (AG)

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